terça-feira, 31 de janeiro de 2012

TELENOVELAS HUMORÍSTICAS

1 - Roque Santeiro
Desde 1977, quando a RTP começou a exibir a telenovela "Gabriela, Cravo e Canela", baseada no livro do mesmo nome de Jorge Amado, fiquei fã de telenovelas. Bem sei que não é de bom tom dizer isto, mas é a pura da verdade, vi muitas durante os anos que se seguiram, "Escrava Isaura" incluída. Coisas de fazer chorar as pedrinhas da calçada...

2 - Chocolate com Pimenta
Acontece que a partir de certa altura deixei de ter paciência para tanta choradeira, amnésias, filhos que não são exatamente do pai que conhecem (e até da mãe, embora mais difícil), acidentes que põem os protagonistas cegos, paraplégicos ou coisa do género, já para nem falar dos que passam para o Além, em idas e voltas fantasmagóricas.


3 - O Cravo e a Rosa
E aí comecei a seguir apenas as humorísticas, por vezes completamente non sense, mas que tinham a grande vantagem de me fazer rir.

4 - Guerra dos Sexos
Assisti a quase todas estas, mais capítulo menos capítulo, que o "seguir" é relativo! E ainda hoje gosto, quando posso vejo a atualmente em exibição na SIC, lá para as 7 e picos da tarde. (bem sei que começa antes, mas a repetir o episódio da véspera!)

5 - Uga-Uga
Acredito que não seja tema que interesse a muita gente - sim, porque nesta terra ninguém vê telenovelas, nem programas afins de big brothers, as audiências televisivas devem ser todas inventadas! - mas deixo o desafio para quem o quiser apanhar. Com conhecimento, pesquisa ou "batota", tanto faz...

Adenda a 1 de Fevereiro de 2012 - As legendas a verde, indicando a que telenovela pertencem as fotografias. Obrigada a todos pela participação! Porque embora ninguém veja telenovelas (cóf, cóf, cóf), vejam lá a coincidência de muitos terem acertado, especialmente nas duas primeiras. Mas fica aqui só para nós, não vá alguém confundir-nos com essa malta que vê telenovelas... Pfff! :)))

Imagens da net.

segunda-feira, 30 de janeiro de 2012

OS DESCENDENTES

Elizabeth King tem um grave acidente de barco e fica em coma profundo. O seu marido, Matt (George Clooney) - advogado e presidente de um trust, que dentro em breve terá de decidir sobre a venda de terras que são propriedade da sua (grande) família há várias gerações - vê-se aflito para controlar a sua filha mais nova, Scottie (Amara Miller), para a qual tem sido apenas pai substituto, na ausência da mãe. Lembra-se então de ir buscar a filha de 17 anos, Alexandra (Shailene Woodley), ao colégio interno onde estuda, para o ajudar a lidar com a situação. Por sua vez, esta trás para casa um amigo, Sid (Nick Krause), que também precisa de companhia. E é nesse interim que Matt descobre que afinal a sua mulher o traía...

Este drama realizado por Alexander Payne não tem nada de extraordinário e o argumento em si é banal -  histórias destas não são corriqueiras, mas acontecem mais do que o desejável. Apesar do drama vivido naquela família, o filme não é excessivamente pesado, nem exagera nas lamechices, como podem espreitar no trailer:



Clooney no seu melhor: menos atraente e sexy, mas mais convincente no seu papel! Já se sabe que foi nomeado para o Oscar de melhor ator e o realizador, o filme e o argumento adaptado também são candidatos à estatueta dourada. A jovem Shailene consegue igualmente uma boa interpretação.

Em suma, um filme agradável, para uma tarde de domingo...

Imagem de cena do filme, da net.

domingo, 29 de janeiro de 2012

FINAL DE CONCURSO

Terminadas as votações no 1º concurso de escrita do Quiproquó, subordinado ao tema "Razões para acreditar em Portugal", segue a identificação de todos os concorrentes (e blogues) - bem como os  respetivos textos - a quem mais uma vez agradeço a participação, o trabalho, a inspiração e o tempo que dedicaram a colaborar nesta minha iniciativa:

TEXTO Nº 1 - Rafeiro Perfumado
TEXTO Nº 2 - Luisa
TEXTO Nº 3 - Moyle
TEXTO Nº 4 - Pedro Farinha (sem blogue)
TEXTO Nº 5 - Teté
TEXTO Nº 6 - Kim
TEXTO Nº 7 - Maria
TEXTO Nº 8 - W

Obrigada também a todos os votantes - Fausto, Rui da Bica, Tons de Azul, Moyle, Luisa, Kim, Maria e Ematejoca - que permitiram estabelecer os seguintes resultados: o texto que escrevi (nº 5) teve a maior pontuação (51 pontos); o texto nº 4, de Pedro Farinha, ficou em segundo (34 pontos); a Luisa com o texto nº 2 ficou em terceiro (32 pontos); em quarto e com 17 pontos, o texto nº 7 da Maria; os restantes concorrentes ficaram todos ex-aequo.

É pouco ético participar no próprio concurso, sendo todos os concorrentes anónimos? OK, aceito, e, caso alguém se sinta prejudicado, desclassifico-me automática e "airosamente"! De qualquer maneira, lembro que o intuito era o de promover a interatividade e, de algum modo, distinguir o que o nosso país tem de bom e que tantas vezes é esquecido nos últimos tempos...

O prémio de participação não podia deixar de ser meramente simbólico, virtual, único e igual para todos - este "selinho" fotográfico, pois está claro:

(eles acreditaram, em condições bem mais adversas... e nós, não?!?)
 
BEM HAJAM!

sexta-feira, 27 de janeiro de 2012

NO MEU PEITO NÃO CABEM PÁSSAROS

190 páginas que começam numa prosa claramente poética, capítulos curtos, Lisboa, Nova Iorque, Oceano Atlântico e lugares estranhos, como Sueson Birea ou Eusaor Bines, por exemplo, onde as personagens se movimentam no seu dia a dia. Tudo indica que a leitura será fácil e aprazível...

Depois a interrogação expressa na contracapa: "Que linhas unem um imigrante que lava vidros num dos primeiros arranha-céus de Nova Iorque a um rapaz misantropo que chega a Lisboa num navio e a uma criança que inventa coisas que depois acontecem?" 

As suspeitas que Nuno Camarneiro não envereda pelo romance tradicional avolumam-se, a determinado momento transcritas a preto no branco da página: "Numa boa história há objectivos, tramas e evolução, enquanto deste lado do papel tudo são incertezas e tropeços." Mas porque é que temos a vaga sensação de conhecermos Fernando e Jorge, ainda jovens personagens no dealbar no século XX, nomeadamente sendo espetadores do pânico gerado nas populações - quando o cometa Halley se avistou nos céus da Terra, em 1910 - crédulas que seria o fim do mundo? Ah, à medida que a leitura evolui, descobre-se o "mistério": há poetas escondidos nas entrelinhas e anagramas por decifrar!

Claro que a terceira personagem (Karl) nunca descobriria, sem uma breve pesquisa na net. Gostei. O que lhe falta em enredo de romance, sobra-lhe em estética de escrita! Imagino que os amantes de poesia vão adorar...


BOM FIM DE SEMANA PARA TODOS!

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Terminam hoje:
1 - o prazo de votação no 1º concurso de escrita do Quiproquó, mas ainda podem votar neste link;
2 - o prazo de votação na 2ª fase do concurso do blogue "Aventar", onde o Rafeiro Perfumado é um dos finalistas na categoria de "Humor", para os mais distraídos...;
3 - pedinchices!
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quinta-feira, 26 de janeiro de 2012

OS OLHOS TAMBÉM COMEM?

Não sei! Mas algumas crianças japonesas talvez pudessem responder à pergunta, porque as suas mães mais imaginativas e talentosas (será que os pais também?) preparam-lhes marmitas para levarem para a escola com todo este aparato...






Com muito amor e carinho, não é difícil de adivinhar! Sushis à parte, nada que não convenha a uma mãe, pai, tia ou avó portuguesa experimentar, se os meninos revelam pouco apetite habitualmente. Fica a ideia, made in Japan!

(Obrigada, Gatinha!)
Imagens recebidas por mail.

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quarta-feira, 25 de janeiro de 2012

MILLENNIUM 1

""O que mais lhe doía era a humilhação. Tivera todos os trunfos na mão e perdera para um semigangster com um fato Armani. Um miserável especulador da Bolsa. Um yuppie com um advogado famoso que passara o julgamento inteiro a rir-se dele." Assim se sente Mikael Blomkvist, jornalista económico da revista "Millennium", que após denunciar nos seus artigos as actividades pouco transparentes do empresário Wennerström, se vê envolvido num processo judicial que o condena a três meses de prisão, por difamação.
Enquanto se afasta da revista e espera cumprir a sentença, Blomkvist recebe um convite do antigo industrial Henrik Vanger para escrever a história da família e, simultaneamente, descobrir o que aconteceu à sua sobrinha-neta Harriet, desaparecida em 1966. O jornalista não parece disposto a aceitar a missão - bem remunerada, mas fora das suas competências - mas Vanger promete dar-lhe provas de alguns crimes perpetrados pelo empresário que o descredibilizou no meio jornalístico.
Paralelamente, Lisbeth Salander, uma jovem investigadora muito invulgar (não só pelas múltiplas tatuagens e piercings que ostenta no corpo franzino), elabora um relatório sobre o jornalista, que este acaba por ler mais tarde, admirando-se com a sua capacidade e precisão. Assim, não tem dúvidas em contratar a rapariga para o auxiliar na investigação..."

Este breve resumo - que escrevi aqui em março de 2010, sobre o primeiro livro da trilogia "Millennium" de Stieg Larsson - também é válido para o filme de David Fincher, recentemente estreado nas salas portuguesas e cujo trailer podem ver aqui:


Protagonizado por Daniel Craig, Rooney Mara, Christopher Plummer e Stellan Skarsgard, entre outros, o filme retrata fielmente o livro, até que, quase no final, lhe dá outro desenlace. Mais simples e menos oneroso, supõe-se! Que não altera (em nada de relevante) a sequência do enredo do malogrado escritor sueco....

Como vem sendo hábito, prefiro o livro e a versão original. Mesmo assim gostei do filme - classificado com 8.2/10 na IMDB e nomeado para quatro categorias nos Oscar de Hollywood, incluindo o de melhor atriz principal para Rooney Mara, soube-se ontem  - mas aviso que é um filme para adultos, com algumas cenas brutais para as pessoas  mais sensíveis. Aliás, como o livro!

Imagem de cena do filme, da net.

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segunda-feira, 23 de janeiro de 2012

ANO DO DRAGÃO

Superstições não moram aqui! Nem chinesas, nem outras, exceto a de passar debaixo de escadas quando está alguém lá empoleirado no cimo, Mas, mesmo essa, devido a um princípio científico mais que comprovado, denominado... força da gravidade!

Apesar disso, é um alívio saber que o ano do Coelho já findou! Pode ser que seja um sinal para certos políticos na nossa praça lhe seguirem o caminho (sonhar ainda não paga imposto, certo?)... Segundo os chineses seria um ano calminho, mas por aqui não se notou nada! Os mesmos chineses vaticinam que este vai ser bom para quem tiver espírito dinâmico e empreendedor, sem excesso de otimismos, mas sabe-se lá se acertam desta? Adiante...

Para comemorar a data, vamos lá ver quem é fera e tem um vocabulário draconiano neste TESTE. Mesmo que os resultados não sejam brilhantes, sempre se aprende qualquer coisinha.

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Continua a decorrer a votação no primeiro concurso de escrita do Quiproquó, evidentemente!

(Obrigada, Paulinha e Vício!)

Imagem da net.

domingo, 22 de janeiro de 2012

INSPIRAÇÃO... E TRABALHO!

Já contei esta história tantas vezes, que tenho a certeza que me vou repetir! Um professor que tive em tempos (e em boa hora!) - de seu "apelido" Doc Comparato - ensinou-me uma regra fundamental no domínio da escrita:: ela é fruto de 95% de trabalho e de 5% de inspiração! Mais, acrescentou ainda que se todos estivéssemos à espera de ser um William Shakespeare ou um Camões do século XX (para o caso, também vale o XXI), bem poderíamos adormecer à sombra da bananeira...

Quem não adormeceu à sombra dessa ou de outras bananeiras foram aqueles que aceitaram o meu convite de escrever um texto subordinado ao tema "Razões para acreditar em Portugal" - cuja participação e disponibilidade volto a agradecer - e que podem ser lidos nestes links, sendo os seus autores identificados após a votação :

Antes de dar início à votação (até dia 27 de janeiro, inclusive), devo esclarecer o seguinte: 1º o formato de concurso teve apenas o objetivo de animar e promover a interatividade; 2º os prémios são todos virtuais, portanto valem o mesmo que feijões... ; 3º sendo a primeira vez que "organizo" um concurso deste género (descansem, que não vai virar "sistema"!), já participei em alguns e obtive um brilhante segundo lugar (pena termos sido apenas dois concorrentes...), um quarto (salvo erro, em cinco!) e um sétimo (em 10). Portanto, nada a vangloriar-me... mas nem por isso desisti! Eheheh! A votação é simples, cada votante vota nos três textos que mais gostou, por ordem de preferência, conforme as regras que estipulei aqui.

VAMOS A VOTOS?
(Ah, e também não se aceitam "reclamações" sobre os textos, próprios ou alheios!)

Imagem de Bill Watterson,está claro!

sábado, 21 de janeiro de 2012

ACREDITAMOS!!!

Em primeiríssimo lugar:  MUITO OBRIGADA A TODOS OS PARTICIPANTES!!! Tenho, tenho razões para acreditar que os meus amigos (pessoais e virtuais) são especiais! E, tal como eu, também acreditam no futuro de Portugal, como país e como povo...

Esclareço também que a maior parte dos textos recebidos digitei à mão (mea culpa, que não pedi tipos e corpos de letra - sabia lá quais?), porque depois de os experimentar não resultavam ou só em letras miudinhas! De modo que alguns espaços, parágrafos, ausência ou vírgulas a mais, erros ortográficos e tal podem ser inteiramente culpa minha. Espero que todos os participantes me perdoem por erros eventuais e involuntários na digitação!

Os oito textos estão aí para ler, com calma, na língua de Camões. As votações só se iniciam na próxima segunda-feira, mas, como não vou votar (logicamente!), para mim, todos os participantes são VENCEDORES! E é sempre reconfortante saber que também ACREDITAM...

BEM HAJAM!

TEXTO Nº 8 (concurso)

Já os Da Vinci diziam:
Era um mundo novo
Um sonho de poetas
Ir até ao fim
Cantar novas vitórias
E ergueram orgulhosas bandeiras
Viver aventuras guerreiras
Foram mil epopeias
Vidas tão cheias
Foram oceanos de amor
Já fui ao Brasil
Praia e Bissau
Angola Moçambique
Goa e Macau
Ai, fui até Timor
Já fui um conquistador


Nos livros de história teimam em aparecer aventuras e desventuras lideradas por portugueses. Portugueses esses que viveram, certamente, em tempos mais conturbados do que os que nos acompanham neste milénio. Os portugueses de agora não são diferentes dos portugueses de então, aliás, até são mais expeditos e promissores, desenvolvendo competências nas mais variadas áreas e demonstrando que merecemos estar no topo do mundo.
Portugal é o maior país deste mundo, só temos de abrir os olhos para ver isso. Quando nos apercebermos que podemos fazer o que quisermos, e que não são só os outros que conseguem, seremos invencíveis e não é uma Troika nem um Triunvirato (passo a redundância) que nos vão dizer o que fazer nem impor quaisquer tipos de medidas.
Os gauleses de Uderzo, montados em zeppelins, não são nada quando comparados à nossa padeira de Aljubarrota.

W

TEXTO Nº 7 (concurso)

Quando me perguntam se ainda há motivos para acreditar em Portugal, a minha resposta é sim, é claro que há motivos para acreditar, não tantos quantos os que nos fazem temer o futuro, mas ainda assim respondo:

- Eu acredito em Portugal!

As notícias sobre Portugal não são as mais animadoras, mas também não são uma novidade...

Crise e austeridade são duas palavras feias que nos assustam, mas que não nos derrubam, palavras que já fazem parte do nosso dicionário e com as quais brincamos a propósito de tudo e de nada...

Numa reportagem sobre os rebuçados Dr. Bayar, um senhor de 80 anos disse que Portugal ainda tem coisas muito boas, e eu também acredito que Portugal tem coisas muito boas, incluindo os rebuçados.

Portugal tem um clima extraordinário, tem boa comida, boas praias, paisagens e monumentos lindos, boa gente e muitos motivos que me deixam orgulhosa de ser portuguesa.

No entanto gostaria e acreditaria mais se em vez de sermos meros espectadores do que se passa à nossa volta fôssemos, mais vezes, protagonistas deste "filme" que é o nosso.

Maria

TEXTO Nº 6 (concurso)

Esgotadas que estão as palavras, tudo vale a pena quando o povo não é pequeno.

Kim

TEXTO Nº 5 (concurso)

Naquela manhã soalheira de Janeiro, debaixo de um céu azul e límpido, Lígia caminhava de pés descalços na areia da praia, as calças arregaçadas até à barriga da perna. Aqui e ali ouvia os gritos das gaivotas, que frenéticas cruzavam os ares e mergulhavam nas águas do mar. Apesar do frio, sentia um ardor quente no peito, com a felicidade de voltar a pisar o areal onde brincara na infância.

Não se podia dizer que os últimos anos tinham sido perdidos, a trabalhar, a estudar e a viver no estrangeiro. Gostara de conhecer outros países e cidades, de encontrar e de conviver com familiares igualmente emigrados. De aprender mais sobre as artes de cozinheira, profissão que abraçara na adolescência, quando se tornou evidente que não tinha grande jeito para os estudos. A má gestão do restaurante onde trabalhara vários anos, na sua cidade, levou ao seu encerramento. A inexperiência e falta de diplomas, ao desemprego! Tivera de partir, em busca de uma oportunidade!

Paris, Londres, Bruxelas e Estocolmo possuíam os seus encantos, mas não lhe tinham tocado o coração, o fascínio depressa se perdia, como a neve que se derretia nas ruas e calçadas, após longas noites chuvosas e invernosas. A própria gastronomia, onde abundavam os molhos de mirtilo ou os temperos de gengibre, que aqueles povos tanto apreciavam nos pratos servidos à mesa, não tinham lugar de eleição no seu cardápio. E as línguas "de trapos", que não lhe entravam no ouvido...

Como esquecer o Sol, o cheiro a maresia, os paladares doces e salgados da sua terra? E a língua portuguesa, mesmo que usando e abusando do calão ou de brejeirices? E as gentes calorosas, sempre prontas a ajudar?

Diziam-lhe: "não voltes, que isto está mau!" Mas a saudade foi mais forte que todos os avisos e voltou... para ficar!

Teté

TEXTO Nº 4 (concurso)

Para mim é fácil lembrar o seguinte: a Avó faz sempre os melhores biscoitos, a olho, sem receita, e guarda-os numa lata, que nunca está vazia, ao lado da televisão; a Avó inventa bolos, dos melhores, que ninguém sabe fazer igual; o Pai, embora na marinha, está sempre presente, nos temas de conversa, nas compras da casa, nas lições que nos recordamos ao estudar; a Mãe ajuda-nos em casa, a vestir, a assoar, faz refeições em que apetece comer mais, segura-nos ao colo quando temos vontade de chorar.

A vizinha de cima vem pedir-nos leite, empresta-nos farinha, conversa sobre a primavera seguinte. Ao sair, depois de atravessar a rua, viro logo a seguir, e o jardim tem sempre pássaros, cães, gatos, meninos no triciclo, avós a jogar às cartas nos bancos, sorrisos de quem passa, ruídos ao longe, cheiros de flores agradáveis de sentir.

Os turistas passam, em várias línguas, sempre com cores, fotografias, bom humor.

São memórias? Sim, mas são visíveis, sentidas, não é preciso ir a Afonso Henriques, Descobrimentos, Dinastia Filipina, Invasões Francesas, 25 de Abril! Estes e muitos, muitos mais passaram vidas difíceis, e de que maneira, e o que fizeram? Confiaram neles (nos Portugueses), agiram (em Portugal), reagiram (em Portugal), fizeram-nos chegar a este grande passado recente, fizeram-nos ser quem nós somos, e agora aqui estamos nós (Portugueses), e os seguintes, que são muitos, bons, nossos e com futuro! E porquê?

Porque Portugal somos todos (mesmo os rascas que temporariamente governam), são eles, e somos nós, e os próximos, hoje, somos grandes, enormes, capazes, vamos manter, descobrir e aumentar PORTUGAL! Bóra?

Pedro Farinha (sem blogue)

TEXTO Nº 3 (concurso)

1 - Portugal é um dos melhores produtores mundiais de carros alemães.
2 - Portugal é um dos melhores produtores mundiais de vinho do porto.
3 - Portugal é um dos melhores produtores mundiais de estrelas de futebol espanholas.
4 - Portugal é um dos melhores produtores mundiais de mosteiros da Batalha.
5 - Portugal é um dos melhores produtores mundiais de turistas ingleses.
6 - Portugal é um dos melhores produtores mundiais de azeite transmontano.
7 - Portugal é um dos melhores produtores mundiais de framboesas em anúncios da Vodafone.
8 - Portugal é um dos melhores produtores mundiais de enchidos da Beira.
9 -  Portugal é um dos melhores produtores mundiais de descendentes do Vasco da Gama.
10 - Portugal é um dos melhores produtores mundiais de queijos da Serra da Estrela.
11 - Portugal é um dos melhores produtores mundiais de Portugais dos Pequenitos.
12 - Portugal é um dos melhores produtores mundiais de presuntos alentejanos.
13 - Portugal é um dos melhores produtores mundiais de Tinos de Rans.
14 - Portugal é um dos melhores produtores mundiais de rotundas à volta de marqueses em bronze acompanhados por um leão.
15 - Portugal é um dos melhores produtores mundiais de luso-descendentes.
16 - Portugal é um dos melhores produtores mundiais de carapaus com molho de escabeche.
17 - Portugal é um dos melhores produtores mundiais de anedotas sobre alentejanos.
18 - Portugal é um dos melhores produtores mundiais de comedores de arroz de frango na praia.
19 - Portugal é um dos melhores produtores mundiais de fenómenos do Entroncamento.
20 - Portugal é um dos melhores produtores mundiais de brandy Macieira.
21 - Portugal é um dos melhores produtores mundiais de deputados do CDS-PP com cabelinho à fo**-se.
22 - Portugal é um dos melhores produtores mundiais de barracas de bifanas e couratos.
23 - Portugal é um dos melhores produtores mundiais de sinais que indicam “trânsito local”.
24 – Portugal é um dos melhores produtores mundiais de pessoas que dizem mal de Portugal mas não admitem um estrangeiro dizer exactamente a mesma coisa.
25 - Portugal é um dos melhores produtores mundiais de ovos-moles de Aveiro.
26 - Portugal é um dos melhores produtores mundiais de cafés Stop, Cantinho e Katekero.
27 - Portugal é um dos melhores produtores mundiais de vinho verde tinto minhoto.
28 - Portugal é um dos melhores produtores mundiais de clubes de futebol com nome de dramaturgo português dos séculos XV/XVI.
29 - Portugal é um dos melhores produtores mundiais de nossas senhoras que aparecem em cima de azinheiras a pastores analfabetos.
30 - Portugal é um dos melhores produtores mundiais de utilizadores de saca-rolhas para fins castratórios.
31 - Portugal é um dos melhores produtores mundiais de marquises em varandas com caixilharia de alumínio.
32 - Portugal é um dos melhores produtores mundiais de lojas dos chineses.
33 - Portugal é um dos melhores produtores mundiais de Portugueses.
34 - Portugal é o melhor produtor mundial de desenrasque e de desenrascados.

Moyle

TEXTO Nº 2 (concurso)

Nestes dias em que a crise preenche muitas das conversas, em que se polemiza sobre tudo... até sobre vídeos publicitários, perguntam-me por razões para acreditar em Portugal.
Poderia apontar para o passado e para as glórias de uma das mais antigas nações da Europa.
Poderia lembrar os feitos históricos deste país que deu novos mundos ao mundo.
Poderia falar da língua e dos mais de 200 milhões de pessoas que a falam nos cinco continentes.
Poderia falar da sua vanguarda no que toca a alguns aspetos tecnológicos.
Poderia falar da capacidade de inovação e do sucesso de certos empresários que mostram o caminho com exemplos de boas práticas.
Poderia falar de fado e de futebol e dos símbolos que mundialmente lhe estão associados.
Poderia falar da melhor comida do mundo. (Duvidam?)
Poderia falar da beleza da paisagem e do seu potencial turístico.
Poderia falar de tantas razões.
Mas, para mim, tudo se resume a uma só.
É que eu sou portuguesa. E se eu não acreditar em mim, quem acreditará?

Luisa

TEXTO Nº 1 (concurso)

Olhei muito tempo para o branco da página, procurando lembrar-me de algo que me transmitisse esperança para o futuro deste país que também é o meu.

Veio-me à memória o BPN, o buraco orçamental da Madeira, os julgamentos intermináveis e inócuos dos poderosos, a crise de valores da juventude, a elevação do Fado a património imaterial da Humanidade... Espera, este é suposto ser um aspecto positivo! Adiante...

Lembrei-me então das paisagens verdejantes dos Açores, da beleza única de Sintra, do pôr-do-sol no rio Douro, da brancura das praias algarvias, do dourado das searas alentejanas e de mim, pois claro, que vivo por cá desde que me lembro e mesmo antes disso!

Claro que há motivos para acreditar neste país bafejado pelos deuses, que nos ofereceram condições naturais únicas no mundo. Infelizmente esses mesmos deuses têm um sentido apurado de ironia, pois povoaram este pequeno paraíso com uma raça que se tem mostrado indigna do mesmo. Li, em tempos e algures, que era estranho um povo descendente daqueles que deram novos mundos ao mundo pudesse ter decaído tanto. Não faltou quem contrapusesse que nós éramos descendentes não dos que partiram, mas dos que ficaram.

Se não se pode mudar o povo, mude-se então a mentalidade, combata-se o fado (não o do património), mostre-se que estamos à altura do país que temos. E aí sim, voltarei a acreditar em Portugal.

Rafeiro Perfumado

sexta-feira, 20 de janeiro de 2012

ILUMINAÇÃO LISBOETA

Tinha um teste tão giro para partilhar, mas infelizmente o link não funciona! Ficará para um próximo post, se o conseguir dedilhar para o teclado... mas não tem a mesma piada!

Entretanto, vejam lá se adivinham o que este candeeiro ilumina, algures em Lisboa. Não nesta tarde domingueira, em que já se notavam os dias mais longos e ainda não se tinham acendido as luzes da cidade...

Adenda a 21 de janeiro de 2012:

Pelas fotos podem verificar que se trata realmente do largo de S. Carlos, o candeeiro situa-se no prédio onde Fernando Pessoa nasceu e por cima da estátua em sua homenagem. A Teresa foi a primeira a indicar o local, a Maria, o Rui da Bica, o Rafeiro Perfumado e a Ju concordaram. Obrigada a todos pela participação!

Tenham um FIM DE SEMANA ILUMINADO!

quinta-feira, 19 de janeiro de 2012

AVENTAR...

... é o que todos podem fazer na votação que decorre no blogue do mesmo nome, aqui, até dia 21 de janeiro. E não, não é para "puxar a brasa à minha sardinha", que não estou em concurso! Mas todos temos blogues preferidos, certo?

Nem vale a pena entrar em pormenores de como soube da iniciativa, sei que a partir do momento em que se iniciaram as votações recebi logo um convite de uma amiga de uma amiga, via facebook, para votar no blogue em que colabora. Sobre livros! Também não vou referir qual, porque penso que há melhor, em cantinhos mais sossegados... As pedinchices do costume!

A dinâmica do concurso, em si, é de aplaudir, as dores de cotovelo de quem não foi inscrito (pelo(s) próprio(s) ou por leitores assíduos) nem tanto! Nem imagino a trabalheira que deu a organizar, só em links a digitar! Suponho também que não esperavam tanta participação e campanha nas redes sociais, afinal é apenas um concurso blogosférico, com prémios simbólicos...

Olhem se não fosse a feijões? Dito isto, já votei do Rafeiro Perfumado (Humor) e nas Crónicas do Rochedo (Política). Porque sigo ambos e gosto, não preciso explicar mainada! Para quem também gosta (destes ou de outros) e esteja distraído, toca a votar!

E a propósito de concursos, não se esqueceram deste, pois não? tic-tac, tic-tac, tic-tac...

Imagem do blogue Aventar.

quarta-feira, 18 de janeiro de 2012

TOTOSICES!

Há muito muito tempo, era eu uma criança, li num livro que ninguém devia assinar no final de um papel em branco, pois havia o perigo de alguém acrescentar umas frases no topo, que pareceriam escritas pelo próprio assinante. E que mesmo que este negasse o conteúdo da mensagem, esta seria válida como expressão da sua vontade.

Rapariguinha imaginativa q.b., toca de usar a informação em proveito próprio. E de que maneira? Pois, o alvo teria de ser a minha irmã - mais nova e pouco dada a leituras - e fazer com que ela assinasse uma folha arrancada de um caderno, a qual preencheria posteriormente à minha vontade. Ela, toda satisfeita com o julgava ser um pedido inocente, até treinou a assinatura, antes de a postar lá...

O resto foi fácil, bastou escrever uma declaração deste género: "A partir de hoje e para sempre, passo a limpar a loiça toda do jantar!" Hummm... não estão a ver o alcance da minha brilhante ideia? Passo a explicar: lá em casa, assim que acabávamos de jantar, a minha mãe ia para a cozinha lavar a loiça, para nos chamar pouco depois para a limparmos, que ela não ia em modernices de a deixar a escorrer até ao dia seguinte, a cozinha tinha de ficar num brinquinho; assim, enquanto eu limpava pratos, copos e plásticos, a minha irmã ocupava-se de tachos, panelas e talheres. O que era um grande frete (para ambas, está claro, já que a "fada do lar" encarava a tarefa como obrigação)!

Infelizmente, os meus pais não acolheram bem a legalidade de um documento tão importante para a minha felicidade futura e ainda pregaram dois raspanetes às duas: a mim, por me armar em esperta; à minha irmã, por ser tão totó ingénua...

Imagem da net.

terça-feira, 17 de janeiro de 2012

A SUL. O SOMBREIRO

Começo por esclarecer que já tinha lido a opinião de Manuel Cardoso, quando sugeri este livro no Clube de Leitura. Bem aceite, por sinal! Mas devo também salientar que o interesse por este último livro de Pepetela foi igualmente proporcionado por agradáveis leituras anteriores...

As 358 páginas deste romance de aventuras (e desventuras) por terras angolanas, no início do século XVII, centra-se essencialmente em duas personagens: Manuel Cerveira Pereira, administrador real e histórico do território, que cumpriu dois mandatos intercalados; e Carlos Rocha, um negro livre e supostamente descendente de Diogo Cão, ficcional, que tenta a todo custo manter a liberdade, enquanto luta pela sobrevivência. A personalidade de ambos não podia ser mais dispare!

"Manuel Cerveira Pereira, o conquistador de Benguela, é um filho da puta", a frase inicial deste livro, traduz sumariamente a conclusão a que todos chegamos no final. Ou muito antes de lá chegarmos, porque a prepotência, a crueldade, a hipocrisia e a ganância do governador não deixam margem para dúvidas. Mas a sinistra personagem tinha outros dotes, nomeadamente a de se movimentar bem entre conspirações e intrigas na corte filipina vigente na época, empolgando os reis com as grandes riquezas que lhes poderia conquistar em terras tão prósperas. Obviamente, esquecendo-se de referir os lucros que contava auferir com o comércio de escravos ou outros produtos. Não era o único, todos os colonizadores - que incluíam padres jesuítas e franciscanos, acobertados pela piedosa missão de converter as populações locais ao cristianismo - ambicionavam enriquecer rapidamente e sem grande trabalho.

Se até aqui o livro se assemelha apenas a um relato histórico e mais ou menos factual, o escritor não se cinge a esta perspetiva e vai mais longe, com o percurso do jovem negro "branco" Carlos Rocha, que um dia abandona Luanda acompanhado do seu escravo Mulembe e, armado com um mosquete, ruma ao mato. Não anda em busca de aventura, o que o impele é o receio que o seu pai, um bêbado inveterado, o venda como escravo em troca de vinhaça. É através dos seus olhos que vislumbramos a imensa e luxuriante paisagem africana, onde se multiplicam cheiros, cores e sabores, a par de perigos vários e confrontos tribais, onde a luta pela sobrevivência e pela liberdade é uma constante. Mas, nessas condições adversas e no meio de uma temível tribo jaca e canibal, encontra o amor...

Muito bom para começar as leituras anuais, com o sentido de humor a que Pepetela nos habituou. Mas não muito fácil de ler, à conta do uso excessivo do português de Angola. (e não, não devido ao acordo ortográfico!)

CITAÇÕES:
"E minas não se inventam tão facilmente no terreno como na corte. Na corte tinha sido fácil encontrá-las. [...] No terreno, no entanto, elas corriam à frente dele."
"Estão batizados, embora como não sabem português nem latim e os religiosos pouco falam das línguas deles, acho que se batizaram sem compreenderem muito bem a doutrina. E a sua prática corrente é de quem não respeita Deus nem os seus mandamentos, pois continuam tendo as mulheres que podem, se apoderam tranquilamente do que não é deles, mentem descaradamente e cometem todos os outros pecados que a nossa Santa Madre Igreja proíbe." 
"Já não fala o antigo judeu, antes o católico profissional. Porque isto de ser sacerdote católico em África é uma profissão rentável, um simples negócio, nunca uma devoção desinteressada."
"Se dependesse de mim, não haveria escravo ingerido na minha boda."

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"O Capitão Alatriste", de Arturo Perez-Reverte, será o próximo livro a discutir no Clube de Leitura, a 17 de março.

segunda-feira, 16 de janeiro de 2012

GLOBOS DE OURO 2012

A 69ª cerimónia dos Globos de Ouro, mais uma vez apresentada pelo polémico Ricky Gervais, decorreu no Beverly Hilton Hotel, em Los Angeles, e foi transmitida no canal  de televisão por cabo AXN Black, sendo erroneamente anunciada a sua exibição noutro canal. 

Assim, perdi logo a introdução do ator britânico, enquanto aguardava o "começo" da gala e via repetidamente as imagens que decorreram no tapete vermelho à entrada, com todas aquelas entrevistas interessantíssimas às estrelas sobre quem era o costureiro dos vestidos e fatos que usavam, que jóias ostentavam e blá, blá, blá...

Na verdade, com grande parte dos filmes ainda por estrear nas salas de cinema portuguesas, o interesse destes prémios é relativo - não temos maneira de avaliar se se enquadram dentro das nossas preferências ou não. E ainda tem a estopada de misturar globos para séries televisivas pelo meio, muitas das quais nem sei se passam por cá. Contudo, costumam ser um indicador fiável para os Oscar (cujas nomeações serão  anunciadas dia 24)!

Na categoria de comédia, os vencedores foram: a atriz Michelle Williams e o ator Jean Dujardin - pelos filmes "A Minha Semana com Marilyn" e "O Artista", respetivamente, sendo que este último também venceu o melhor filme. No capítulo drama, George Clooney e "Os Descendentes" também alcançaram o dois em um, enquanto a veterana Meryl Streep ganhou com a sua "Dama de Ferro".

"As Aventuras de Tintin" foi considerado o melhor filme de animação e o iraniano "Uma Separação" arrebatou o galardão de melhor filme estrangeiro. Por seu turno, Woody Allen venceu na categoria de melhor argumento por "Meia-noite em Paris" e Martin Scorcese na de realizador, com "A Invenção de Hugo". Já Octavia Spencer ("As Serviçais") e Christopher Plummer ("Assim é o Amor") recolheram o ambicionado globo como atriz e ator secundários. Morgan Freeman também seria homenageado com o prémio Cecil B. de Mille, mas por essa altura a cerimónia estava tão animada, que o camarada João Pestana fez das suas...

Imagem da net.

sexta-feira, 13 de janeiro de 2012

NOTAS SOLTAS...

Alguém me sabe explicar o que se passa com o blogger, que deu em desconfigurar a caixa dos comentários, acrescentando uma hora (não real) a cada um, diminuindo a letra e fazendo desaparecer a mensagem fixa inicial (e, no meu caso, também os smiles)? Sei que não aconteceu só aqui, já constatei que se verifica o mesmo noutros blogues...

E não, não é devido a sextas-feiras 13 ou a outras superstições, há dois dias que estes problemas surgiram. Enfim, caso alguém saiba o porquê ou, eventualmente, como o solucionar voltando à antiga configuração, agradeço!

Recordo ainda que o prazo de entrega dos textos para o desafio/concurso do Quiproquó - subordinado ao tema "Razões para acreditar em Portugal" - termina já na próxima sexta-feira dia 20 de janeiro (pelas 23 horas e 59 minutos), pelo que todos os interessados em participar deverão dar força ao teclado e pensar em enviá-los brevemente.

Entretanto, tenham boas leituras, vejam bons filmes, deem bons passeios ou whatever you like most e aproveitem para passar um...

FELIZ FIM DE SEMANA!

Imagem do facebook.

quinta-feira, 12 de janeiro de 2012

O DEUS DA CARNIFICINA

Bom, na verdade, janeiro e fevereiro vão ser meses de muitas estreias nas salas de cinema portuguesas, na (vã?) tentativa de ver os principais nomeados para os Globos de Ouro - já na próxima madrugada de 2ª feira - e para os Oscar, que terão lugar na noite de 26 para 27 de fevereiro. Acresce ainda que tenho bilhetes grátis durante este mês, pelo que há que aproveitar a oportunidade... (grátis é relativo, porque foi uma promoção de um centro comercial, para quem fizesse por lá compras durante a época natalícia!)

Baseado numa peça teatral de Yasmina Reza, o filme realizado por Roman Polanski cinge-se praticamente a um cenário e a quatro personagens: dois rapazes desentendem-se num jardim nova-iorquino e, depois de uma troca de palavras mais azedas e de uns encontrões, um agride o outro na cara com um pau, o que provoca os inerentes hematomas e dois dentes partidos; civilizadamente, os progenitores de ambos os rapazes encontram-se, para debater a questão. Mas (há sempre um mas!) a aparentemente (re)conciliadora reunião acaba por revelar alguns dos aspetos mais tenebrosos da natureza humana... com a ajuda de umas boas doses de whisky escocês! Como podem verificar no trailer:


Se o argumento só por si não fosse fantástico, as interpretações de Jodie Foster e de Kate Winslet compensavam plenamente a ida ao cinema - ESPECTACULARES! Sendo que os dois atores (Cristoph Waltz e John C. Reilly) também não lhes ficam muito atrás. Elas são ambas candidatas a melhor atriz de comédia nos Globos de Ouro. Difícil será escolher uma delas...

Imagem de cena do filme da net.

quarta-feira, 11 de janeiro de 2012

(EN)CANTOS!

O desafio partiu do Moyle e pretende que cada um indique as 5 músicas que mais lhe agradaram em 2011, podendo, obviamente, ser de anos anteriores. O difícil é encontrar apenas 5 e saber se as ouvimos pela primeira vez em 2011 ou anteriormente, mas, mais coisa menos coisa, a minha lista seria esta:

Adele


Melody Gardot


Norah Jones


Stacy Kent


Katie Melua


Curiosamente, todas de vozes femininas melódicas e serenas, até um pouco nostálgicas... São gostos! Agora, quem quiser que siga o desafio e escolha as suas músicas preferidas de 2011...

Imagem da net.

terça-feira, 10 de janeiro de 2012

DE VOLTA AOS MARCADORES!

A pedido de uma multidão de comentadores... quer dizer, alguns... tá bem, só dois ou três, lá reuni os meus marcadores de livros mais originais e, clique daqui e dali, deu nesta fotografia! Para ser franca, gosto imenso de todos eles, mas estes não os uso, uns porque não dão jeito se enfiados no livro dentro da mala, outros porque não os quero estragar, como aquele da aguarela de uma paisagem algarvia...

Na verdade já tinha tirado algumas fotografias da coleção, para participar num desafio que uma amiga divulgou, mas como nem nunca tinha visitado a bloguista que o lançou, desisti de aparecer lá de pára-quedas! Há quem não aprecie essas "surpresas" e, por via das dúvidas, considerei melhor assim. Eis algumas dessas fotos (nem todas grande "espiga", dado os reflexos do flash nas superfícies mais brilhantes) :



Todos de inspiração nas paisagens algarvias, que é onde os encontro com mais frequência. Ou tenho mais tempo para  procurar!

Estes são engraçados...

... mas estes são os que mais uso, conjuntamente com os do próprio livro (se os há)!

Ah, e estes foram oferecidos por amigos bloguistas, na sequência de trocas ou desafios e também já os utilizei, mas não muito, para os preservar.

Para satisfazer os mais curiosos, estes foram os que enviei na última troca facebookiana:

E por falar em livros, tenho um para acabar de ler, que as festividades atrasaram as minhas leituras! Que sejam agradáveis para todos nós, em 2012!

domingo, 8 de janeiro de 2012

SHERLOCK HOLMES: JOGO DE SOMBRAS

Quem conhece a obra de sir Arthur Conan Doyle sabe que o escritor, cansado da personagem de Sherlock Holmes que tanto sucesso teve junto do público, resolveu dar-lhe uma morte prematura, conjuntamente com o seu arqui-inimigo professor Moriarty, fazendo com que os dois homens lutem e caiam abraçados no abismo sem fim das cataratas de Reichenbach, na Suiça. Mais tarde, o autor optaria por o fazer renascer, alegando que apenas o professor caíra, mas que Holmes decidira que lhe seria útil permanecer desaparecido/morto, para evitar os ataques de outros inimigos perigosos.

O filme realizado por Guy Ritchie não segue nem de perto nem de longe os enredos engendrados por Conan Doyle, baseando-se apenas nas suas personagens e em algumas das suas linhas principais - a que a luta até à morte entre Holmes e Moriarty não escapa, mas dando a conhecer, à partida, que afinal o detetive sobreviveu. Eventualmente, para dar azo a uma nova sequela...

Assim, o sempre sagaz Holmes (Robert Downey Jr.) liga um ataque bombista supostamente anarquista ao  suicídio de um príncípe austríaco, um correio misterioso que acaba numa sala de leilões de arte ao assassínio de um médico cirurgião e percebe que os fios daquela teia apontam todos na mesma direção: Moriarty (Jared Harris) congeminou um plano para despoletar uma guerra europeia, sendo ele o proprietário de uma grande fábrica de armamento, a par de outras ligadas a produtos farmacêuticos. Lucro fácil e a dois carrinhos, estão a ver?

Entretanto, o seu amigo dr. Watson (Jude Law) vai casar e ele "organiza" a despedida de solteiro num clube noturno londrino, esquecendo-se dos convites aos companheiros do doutor, à exceção do seu irmão Mycroft (Stephen Fry),  um proeminente funcionário governamental, que está a organizar uma cimeira sobre a paz mundial. O fito dele é encontrar a cartomante Madam Sim (Noomi Rapace) e entregar-lhe uma carta que intercetou nos obscuros meandros da rede do professor, sendo que a própria cigana corre risco de vida. A partir daí o argumento (e a perseguição) corre célere, de Londres para Paris, passando por uma pequena cidade alemã e terminando na Suiça, onde se dá o confronto final entre Holmes e Moriarty. Com alguns atrasos de percurso, pois o diabólico professor visa eliminar o jovem casal na sua lua-de-mel a Brighton, atrapalhando dessa forma os planos do detetive, que deseja proteger o seu amigo.

São 127 minutos de uma comédia de ação rocambolesca, bastante divertida, como podem vislumbrar no trailer, obtendo o filme a classificação de 7.7/10 na IMBD (até ao momento):

A sala de cinema esgotou! (o que é cada vez mais raro...)
Imagem de cena do filme, da net.

sexta-feira, 6 de janeiro de 2012

CINISMOS...

Que a época natalícia termina hoje, com o dia de Reis - e uma eventual fatia de bolo-rei, para fechar os desvarios gastronómicos inerentes - todos sabemos! Claro que o clima de paz e fraternidade só alguns sentem, enquanto outros enchem a boca com ele, mas passam completamente ao lado. Mas havia necessidade de serem tão cínicos quanto esta Lucy?

Consta que a personagem foi baseada na primeira mulher de Charles Schulz, mandona e insensível aos estados de espírito (e problemas) alheios, que me relembrou as últimas medidas governamentais... cada uma mais descabida que a outra! (há dias em que calha assistir aos noticiários televisivos!)

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Bom, recordo ainda que aguardo a vossa participação no primeiro desafio/concurso de escrita do Quiproquó - que, para quem não leu, pode verificar as regras aqui - sendo certo que não pretendo fugir com os vossos textos para parte incerta e ficar milionária à conta deles... Eheheh, tinha a sua piada, mas nem eu sou golpista, nem pretendo dar essa satisfação a quem me manda emigrar...

Sem um pingo de cinismo, desejo a todos um...

ÓTIMO FIM DE SEMANA!

Imagem da BD "Peanuts", de Charles Schulz.

quinta-feira, 5 de janeiro de 2012

ESCULTURAS... EM LIVROS?

À partida, não era arte que me entusiasmasse por aí além. Então Su Blackwell pega num livro, em tesouras e x-atos e toca de o escortanhar para das suas páginas fazer esculturas? Outros papéís não obtinham exatamente o mesmo efeito?

A artista explica que, após finalizar o seu curso, fez uma viagem à Tailândia, onde comprou um bonito livro antigo, em segunda mão. O seu pai tinha falecido recentemente e ela absorveu alguns rituais espirituais asiáticos que se relacionavam com o papel, nomeadamente a de uma lenda chinesa em que dois amantes renascem das cinzas tomando a forma de borboletas, que inspirou o seu primeiro trabalho...

Não mais deixou de trabalhar o papel como meio privilegiado, mas sobretudo em livros,  e os resultados estão à vista!

Embora tivesse começado por esculturas em recortes de imagens de livros velhos, de forma a criar dioramas tridimensionais que montava em caixas (de madeira e vidro), as suas obras têm sido utilizadas para outros fins, tais como cenários teatrais ou comerciais, para além dos publicitários.

"Eu emprego este meio acessível e delicado e utilizo processos destrutivos e irreversíveis para refletir a precariedade do mundo em que vivemos e a fragilidade das nossas vidas, sonhos e ambições", refere Su Blackwell no seu site, onde podem apreciar outras das suas obras. (tradução literal, sem dicionário!)

Gostei das esculturas! Mas, como é óbvio, prefiro que a artista fique longe das minhas estantes... (que lá não tem livros velhos para recortar, OK, Su?)

Imagens da net.

quarta-feira, 4 de janeiro de 2012

O ESCAFANDRO E A BORBOLETA

Este filme de 2007, realizado por Julian Schnabel, relata a história verídica do editor da revista Elle, Jean-Dominique Bauby, que aos 43 anos de idade e após sofrer um AVC entra em coma, para acordar alguns dias depois numa cama de hospital, totalmente paralisado à exceção do olho esquerdo, num síndrome raro conhecido como de encarceramento (locked-in syndrome). 

À revolta inicial do jornalista (Mathieu Amalric), por se sentir mentalmente  lúcido mas confinado a um corpo que não consegue reagir ou comunicar com o exterior, segue-se um período de contemporização, sobretudo devido a dois fatores: à sua ortofonista (Marie-Josée Croze), que lhe ensina uma nova forma de comunicação, valendo-se de um abecedário que recita pausadamente das letras mais usadas na língua francesa para as menos, até ele indicar com uma piscadela de olho que é aquela que deseja e assim construir palavras e frases completas, num método moroso mas eficaz; ao aperceber-se que, apesar do corpo inerte, a sua memória e imaginação continua intacta. É nestas circunstâncias que o jornalista e escritor leva avante o seu projeto de escrever um livro, tal como contratado anteriormente com uma editora, com a inestimável ajuda de Claude (Anne Consigny), uma secretária que traduz as suas piscadelas de olho para o papel. Porém, o tema agora é o dessa nova vivência...

Podem espreitar o trailer aqui:


Ao contrário do que possa parecer, dada a temática, não é um filme de "fazer chorar as pedras da calçada". Sem dúvida uma história de vida impressionante, pela dimensão humana que possui, sem pretensões a moralismos bacocos! O que menos apreciei, foi o que alguns críticos cinematográficos mais elogiaram - os ângulos de câmara, do ponto de vista do paciente, mas que por vezes parecem andar aos saltos por trancos e barrancos...

Classificado com 8.1/10 na IMDB, o filme ganhou os Globos de Ouro de melhor estrangeiro e melhor realizador, para além de outros prémios no Festival de Cannes, nos BAFTA e de quatro nomeações para os Oscar. Sucesso que o escritor francês não teve oportunidade de ver, uma vez que morreu de pneumonia 15 meses depois do AVC, 10 dias após o seu livro ser publicado, em 1997!

Imagem de cena do filme, da net.

terça-feira, 3 de janeiro de 2012

RAZÕES PARA ACREDITAR EM PORTUGAL

Nos últimos dias de 2011 assistiu-se a uma "guerrinha" à conta de uma publicidade da Coca-cola, que elogiava alguns aspetos do nosso país (e de outros também, que a publicidade era dirigida a várias nações, individualmente), que eventualmente foram mal interpretados ou considerados algo paternalistas. Quando a malta anda revoltada pega por tudo, o anúncio não me pareceu melhor nem pior que outros, mas logo surgiram várias respostas, nomeadamente esta, portuguesa:


Ora já há muito tempo que gostaria de ter lançado um desafio/concurso de escrita. Esta "polémica" - que não se centra nos políticos da nossa praça e muito menos na beberagem americana - veio proporcionar um tema que interessa a todos: "Que razões temos para acreditar em Portugal?" Tenho a certeza que são muitas, não exatamente iguais para todos...

Assim, o que pretendo é que cada um escreva um texto inédito (prosa, verso, humorístico, etc.) subordinado ao tema e de acordo com as seguintes regras:
1ª O concurso está aberto a todos os que desejem participar;
2ª O texto deverá ser enviado para o meu e-mail até às 23 horas e 59 minutos de dia 20 de janeiro, não excedendo um máximo de 500 palavras;
3ª Todos os textos serão publicados aqui, nos dias 21 e 22 de janeiro, sendo-lhes atribuído um número de ordem, consoante a sua chegada - não será revelada a identidade dos autores, até terminar a votação;
4ª A votação será efectuada pelos participantes, comentadores e visitantes, não se admitindo votos de anónimos, nem no próprio texto;
5ª Cada votante poderá votar em 3 textos: 1º - 10 pontos; 2º - 5 pontos; 3º - 2 pontos;
6ª A votação decorrerá de 23 a 27 de janeiro, exclusivamente na caixa de comentários do blogue, não se admitindo votos via e-mail, e os resultados do concurso serão divulgados dia 29 de janeiro, bem como a respetiva autoria de cada texto;
7ª A organização (quer dizer, moi), reserva-se o direito de excluir do concurso textos ofensivos ou que não se enquadrem minimamente no tema, bem como a resolver qualquer eventual questão entretanto suscitada.

E pronto, agora resta-me esperar que deem aí com força no teclado e esclareçam quais são as vossas (nossas) razões para acreditar...

segunda-feira, 2 de janeiro de 2012

TROCA DE MARCADORES DE LIVROS

Num grupo do facebook dedicado a livros e leituras, uma amiga sugeriu que fizéssemos uma troca simbólica de marcadores de livros pelo Natal. Como colecionadora dos ditos (na última contagem tinha 170, quatro dos quais lembranças que me ofereceram na noite de consoada), achei a ideia simpática e alinhei!

Sexta-feira passada recebi este da fotografia! Que é todo em tecido, com aplicações em feltro, fitinhas e lacinhos de veludo e cosido à mão. Escusado será dizer que adorei! Além do bom gosto, a "menina" que o enviou tem também um grande jeitaço para a costura.

Não consigo é deixar de pensar que quando receber os meus vai ter um enorme desapontamento - não tenho nem metade do talento, os que enviei são mais corriqueiros, feitos em plástico e cartolinas. A única e vaga semelhança é que são igualmente coloridos... Ai, ai!