segunda-feira, 31 de dezembro de 2007

FECHAR (O ANO) EM BELEZA!

Uma simples mensagem desenhada na areia...
Não resisti a partilhar este momento de arte, música e fantasia!
E mesmo que as palavras e as minúsculas partículas sejam levadas pelo vento, há memórias que nunca se apagam...
(vejam até ao fim, que o clip tem apenas 3m26s)



(Obrigada, Michel!)

sexta-feira, 28 de dezembro de 2007

DIA A DIA

Um rapaz, Noah Kalinda, tira fotografias a si próprio ao longo dos últimos 6 anos, e parece que já tem diversos admiradores a seguirem-lhe as pisadas... Querem assistir a um resumo da vida de Homer Simpson durante os seus 39 anos? Então, vejam o clip.


Claro que ter um espelho em casa também dá jeito e é mais rápido...

FELIZ 2008!

quarta-feira, 26 de dezembro de 2007

BURAQUINHO E BURACÃO

Nas vésperas de Natal percebi que as minhas pantufas - compradas junto a um hipermercado, no ano passado – estavam a precisar de reforma urgente. Uma já tinha um buraquinho, a outra rompeu ao nível do calcanhar, num imenso buracão. Como já tinha lido na blogosfera que o Pai Natal oferece pantufas, nem me preocupei!

Bem as vi passar, em frente ao meu nariz, para avós e miúdos... mas no meu sapatinho não calharam nenhumas. Ah, não! Não me estou a queixar dos meus presentes natalícios, dos quais gostei bastante, mais variados do que o normal. Mas pantufas (aqui, que nenhum familiar me leia!) só pró Natal do ano que vem.

Então, lá vou cantando e rindo, levada sim pelas minhas pantufas, gentilmente apelidadas de buraquinho e buracão... Que é para não me atirar à goela da criatura que as vendeu, que este ano desapareceu, que prometia que as ditas duravam uma vida!

Já não nos bastavam políticos aldrabilhas, cheios de promessas que nunca se cumprem, ainda aparece esta maltosa?! Hummm... Pensando bem, faz sentido! Quem é que elegeu estes políticos que temos? O povo! Que povo? Este que temos, que também tem um gostinho danado para enganar o próximo...

terça-feira, 25 de dezembro de 2007

HÁ GATO?



Um gato, que nem sempre se sai bem...

sexta-feira, 21 de dezembro de 2007

CHEGA O INVERNO E O NATAL

Hoje começa o Inverno, para trás fica o “Fim de Outono... Folhas Mortas... Sol doente... Nostalgia” – o poema de Fernanda de Castro que me fizeram decorar em criança, do qual me lembro sempre nesta época do ano. Entretanto, vem o fim de semana, depois a consoada e o dia de Natal, hummm... tenho impressão que a blogosfera vai andar “às moscas”!

Então para todos os católicos, protestantes, ortodoxos, evangelistas, muçulmanos, hindus, budistas, agnósticos, ateus e ainda aos diabretes, que por aqui passam, desejo uns DIAS FELIZES! Se se reunirem com familiares e/ou amigos, que sejam MOMENTOS AGRADÁVEIS! Se ganharem PRESENTES NO SAPATINHO, tanto melhor – é sinal que se portaram bem durante 2007 (mas isso já não tenho a certeza de ser uma boa ideia...)

E claro, umas ÓPTIMAS FÉRIAS para todos os felizardos que as estão a gozar agora!

quarta-feira, 19 de dezembro de 2007

426

Um aumento de 23 euros, ou de 5,7%, em relação ao ordenado mínimo nacional do ano passado. Com contrapartidas para os patrões – imagino que para os que empregam muito pessoal a trabalhar 40 horas semanais, por esse montante... Que dá a enorme quantia de 2,7€/hora (com arredondamento para cima). Mesmo que só em 35, dá 3€/hora, já uma exorbitância.

Suponho que estes trabalhadores estão isentos dos 11% da Segurança Social, tenho a certeza que não têm retenções na fonte de IRS (é caso para perguntar: qual fonte?). Se assim não for, levam para casa menos de 380 euros...

Passo por cima o esforço de governantes, políticos, sindicalistas e empresários, que não me parece digno de qualquer nota, muito menos positiva – por mais que se auto-elogiem!

Ai, a China e a Índia lá tão longe, e nós com trabalho (quase) escravo aqui tão perto...

terça-feira, 18 de dezembro de 2007

CONTO DO VIGÁRIO

Ontem, a minha mãe passou pelo banco para tratar de uns assuntos pendentes e aproveitou para levantar algum dinheiro. Que guardou num bolso de dentro do casaco que levava vestido. Saíu, apanhou o autocarro para fazer um pequeno percurso, quando uma sujeita lhe perguntou onde era a paragem do autocarro nº tal. “É onde saio, depois indico-lhe onde é!” – disse ela.

Acompanhou a outra até à paragem que lhe ficava em caminho e seguiu. Às tantas, dá com uma fulana a correr atrás dela: “Uff, uff, venho a correr atrás de si, a senhora não esteve no banco?” Aí, ela já desconfiou:
- Estive, porquê? – respondeu.
- Ah, sabe, o funcionário enganou-a, não lhe deu o dinheiro devido.
Como ela não foi a correr verificar (atitude esperada?), continuou com um imenso blablablá, a explicar que era um estratagema dos bancários, para espoliar os incautos. A mulher ainda levava uns papéis na mão, com cerca de 25 euros, quantia em que supostamente teria sido ludibriada.
- Então olhe, que fique para si! – resumiu a minha mãe, que de burra tem pouco.
- Ah, mas a senhora não está a perceber, o meu colega ali dentro daquele carro explica-lhe melhor – já a criatura estava a perder o fio à meada, do imbróglio inventado.

Não havia volta a dar! Amedrontada, a minha “velhota” apressou o passo, seguindo o seu rumo...

domingo, 16 de dezembro de 2007

GOSTAS POUCO GOSTAS...

... de fazer testes parvos e levar com respostas idiotas!

O DESAFIO GLOBAL é da Vanadis: basta espreitar o site da Radio Comercial, nos QUIZ.

São tantos e tão bem estruturados, que ao responder ficamos logo com a ideia da nossa personalidade oculta, menos conhecida, quer dizer, aquela em que ninguém repara... nem nós próprios!

Então aqui seguem alguns dos meus resultados:

O QUE É QUE O PAI NATAL LHE VAI TRAZER ESTE ANO?
Paz no Mundo!
(uma cadeirinha a acompanhar também dava jeito!)

QUAL É A SUA PROBABILIDADE DE FICAR MILIONÁRIO?
Vai ficar daqui a 10 anos!
(Uauch!!! Hip-Hip Hurra!!! Xi, mas o que é isto? Para comprar várias vivendas cobertas a azulejos e com nomes bonitos como “Sonhos de nós dois”? Se for muito poupadinha entretanto? Ná, não quero!)

SE FOSSE UM PETISCO DE COMER À BEIRA MAR, QUAL SERIA?
Um pires de tremoços!
(Ora bem, esta condiz comigo! Nem vou explicar porquê...)

SE FOSSE UM SABOR DE GELADO, QUAL SERIA?
Limão!
(Maravilha... nhum, nhum, que delícia! Sou ácida para alguns paladares e doce para outros... É, mas não somos todos?!)

SE FOSSE UM HIT DOS ANOS 80?
“Come on Eileen” dos Dexy’s Midnight Runners
(Deve ter sido por essa altura que os fui ver na Festa do Ávante. Comunista, moi? Nananinaná! Parece que... gosto de diversão!)

SE FOSSE PRENDA DO DIA DOS NAMORADOS?
Ursinho de peluche.
(Bom, devem existir hipóteses piores, mas esta não me parece compatível com o gelado de limão... nhum, nhum!)

COMO CARA-METADE SOU O QUÊ?
DISTRAÍDA?!
(MAS QUE RAIO, ESTIVE AQUI ATÉ ÀS 500 PARA FAZER ESTES TESTES TODOS E AGORA É QUE REPARO QUE O JÓVE JÁ RESSONA NO LEITO E NINGUÉM ME AVISOU???) Grunpfssssss!

(Eh, eh, eh, não fiz os testes todos, mas omiti alguns resultados, que mencionavam personagens que... prefiro não revelar!)

sábado, 15 de dezembro de 2007

SERÁ QUE...?



The Way We Were - Barbra Streisand


Antes que comecem aí a dizer que estou nostálgica (novamente, ai, ai!), o clip deste filme serve apenas para verificar se o Firefox funciona mesmo melhor que o anterior programa. Para já, parece que sim...

sexta-feira, 14 de dezembro de 2007

CAIXINHAS!

Que triste ideia a minha de fazer a actualização do Internet Explorer 7, armada em sabichona! Se eu sei que não percebo nada de computadores, porque é que me meti nisto???

Para além do tempo que perdi com a geringonça, ele é caixinhas e caixotes atrás uns dos outros, para entrar no Sapo, no Google, nos blogs, nos comentários. Vá, escusam de me explicar como se eu fosse muito burra (os burros iam levar vantagem), que vou ter de pedir ajuda aqui aos técnicos “caseiros”...

Bom, não se preocupem que não é nenhum virus (gripal ou outro), é só uma chatice aliada a alguma azelhice da minha parte - quiçá da actualização não ser tão fantástica assim?!

BOM FIM DE SEMANA PARA TODOS!

(volto às lides blogosféricas assim que puder...)

quinta-feira, 13 de dezembro de 2007

ENCRUZILHADAS

A Su lançou-me um desafio: “Compôr um post em prosa/conto ou poesia com os títulos dos últimos 10 posts, usando outras palavras, pelo meio, para dar sentido ao todo.”

Aqui segue - em prosa, está claro, que versatilidade para poemas só muito de brincadeira - embora, como é óbvio, este texto não seja nenhum cúmulo de seriedade:

ESPANHÓIS, NÓS?! Não há uma, duas ou 500 PALAVRAS DE NON-SENSE que pudessem explicar esse CIRCO, aqui no nosso jardim à beira-mar plantado. IMAGINEM só as AGRESSÕES (mais que) PRECOCES à nossa língua, com todos a tentar falar espanholês ou portunhol...
Num simples PASSEIO MATINAL, ao depararmos com UMA FLOR CORTADA, recordariamos a nossa independência e liberdade perdidas, em que FICÇÃO E REALIDADE se confundiriam ao longo de quase nove séculos de História. Desnorteados, nem umA BÚSSOLA DOURADA serviria para indicar o caminho a percorrer, no futuro.
- Oh, Paco! Já não SAI UMA MINI ali para a mesa do canto, que a mulher já está a divagar...”


A encruzilhada, aqui, é nomear 10 bloguistas dispostos a escrevinhar um palavrório deste género, tendo em conta as especificidades de cada um (sem título, com sequências numéricas, mais dirigidos a assuntos sérios) e sem invadir muito a esfera dos amigos dos restantes nomeados – ainda por cima, quando há malta a partir de férias... Obviamente, o desafio está aberto a todos que o queiram apanhar, mas seguem os eleitos (ou vítimas, conforme o entenderem!):
Vanadis, Kátia, Laurinha, Sun Iou Miou e Inês (a Anja, que a outra está melhor e vai de férias);
Fausto, Psycho_Mind, Vício, Crestfallen e Carlos II.

Vá, espero que todos se divirtam, que a vida são dois dias e o Natal... é já a seguir!

terça-feira, 11 de dezembro de 2007

A BÚSSOLA DOURADA

“Mundos Paralelos é uma trilogia mágica e poderosa, recheada de aventuras, imaginação e mistério”, descreve a contracapa do livro de Philip Pullman - “Os Reinos do Norte”, o primeiro da série - e cujo filme recebeu o título:

“A BÚSSOLA DOURADA”
(The Golden Compass, no título original) 2007
Realização: Chris Weitz
Elenco: Dakota Blue Richards, Daniel Craig, Nicole Kidman, Eva Green, Sam Elliott, entre outros.
Argumento: Chris Weitz e Philip Pullman

A protagonista - Lyra Belacqua, uma menina de 11 anos - reside num mundo paralelo onde cada ser humano vive acompanhado por um animal (daemon), que simultaneamente funciona como consciência. Orfã, vive no Colégio onde o seu tio desenvolve pesquisas na busca de um outro mundo, que não é bem encarada por alguns dos elementos mais poderosos, mas este acaba por conseguir o patrocínio para uma expedição aos reinos do norte. Entretanto, a bela e influente Mrs. Coulter cativa a pequena Lyra, levando-a a viajar consigo. Ao descobrir que esta não é tão benévola como aparenta, a menina foge com Pan (o seu daemon) e a bússola dourada que o director da escola lhe ofereceu antes de partir. E aí começa uma alucinante e perigosa aventura, cheia de criaturas fantásticas, envolvendo ursos couraçados, feiticeiras esvoaçantes, um povo nómada e Gobblers raptores de crianças, numa luta sem tréguas entre o Bem e o Mal...

Curioso ainda foi o facto deste filme ter sido apontado como “herege” por alguns sectores católicos americanos, que o pretenderam boicotar. Embora ateu convicto, o escritor britânico parece mais apostado em denunciar a manipulação do poder, por quem o pretende preservar a todo o custo. O que não é exclusivo da Igreja Católica, convenhamos...

Para saber o final... pois, vamos ter de esperar pelo seguimento desta saga cinematográfica!

*****
P A R A B É N S, LAURINHA!

domingo, 9 de dezembro de 2007

PASSEIO MATINAL

sexta-feira, 7 de dezembro de 2007

FICÇÃO E REALIDADE

Uma rainha-madrasta controla a vida do seu príncipe-enteado, de modo a que ele não consiga encontrar uma mulher que a substitua no poder. Não sei porquê, não me soou estranho! Apesar dos esforços da megera, ele acaba por encontrar uma menina pura e doce, pretendendo fazer dela sua rainha. Antes do casamento se realizar, a bruxa (não estavam já a suspeitar que o era?) atira a jovem para um poço, do qual sai noutra dimensão: numa rua de Nova Iorque! Um local onde “ninguém consegue ser feliz para sempre!”, segundo afirma a velha.

Bom, este é o início do filme de acção, romance, fantástico, musical, animação, desenhos animados, efeitos especiais (Uff! Já disse todos os géneros?):

“UMA HISTÓRIA DE ENCANTAR”
(Enchanted, no título original) 2007
Realização: Kevin Lima
Argumentista: Bill Kelly
Elenco: Amy Adams, Patrick Dempsey, James Marsden, Timothy Spall, Idina Menzel e Susan Sarandon, entre outros


Os ingredientes remexidos no caldeirão são os de todas as histórias sobejamente conhecidas, com condimentos de Branca de Neve, Cinderela, Bela Adormecida, Música no Coração, Mary Poppins, King Kong e uma pitada de Shrek, só assim ao primeiro paladar.

Literalmente só, na sala de cinema, A-D-O-R-E-I! Resta saber se foi do tempero do cozinheiro, se da vontade de comer um prato saboroso, em que os últimos tempos não têm sido fartos... na realidade!

quarta-feira, 5 de dezembro de 2007

UMA FLOR CORTADA...

... não volta ao ramo (provérbio chinês)!

Não dá para colar com cola, com cuspo ou com lágrimas...

E o mesmo acontece com as árvores! Daí, a minha árvore de Natal ser sintética.

Aliciados por uma publicidade, houve um ano em que “alugámos” uma natural. Pagámos e comprámos um vaso e terra, onde colocámos o abeto. Este seria devolvido e replantado, depois de passada a época natalícia, e parte do dinheiro seria reembolsado. Escusado será dizer que não foi nada disso que aconteceu: a caruma passou a abundar no chão da sala e a coitada da árvore estava cada vez mais despida! O que era notório, apesar dos enfeites e bolas que a ornamentavam...

Na consoada - que nesse ano foi cá em casa - toda a família reparou naquele esqueleto desenxabido, não faltaram os palpites: água a mais ou a menos, aquecedores ligados, raizes parcialmente cortadas, etc. e tal. Já estava completamente nua, quando era suposto regressar às suas origens... Nunca mais!

Os relacionamentos humanos também são como as plantas: se não se regarem, se não se mantiverem à temperatura ideal, se se cortarem as raízes, murcham e morrem. Há que ser um “fiel jardineiro”!

terça-feira, 4 de dezembro de 2007

CIRCO

Nunca gostei de circo! Quando era miúda, ainda achava piada aos palhaços. Mais tarde, percebi que a única actuação que gosto realmente de ver é a dos mágicos. Mas esses têm espectáculos próprios, que tive a sorte de assistir a alguns, ao vivo.

Feras amansadas, cães e macacos amestrados, cavalos e elefantes emplumados, trapezistas, funâmbulos, equilibristas e contorcionistas assustam-me mais do que me divertem. E a pobreza daquilo tudo é visível, na meia rota da mulher que anda lá a voltear no ar sem rede, na maquilhagem espaventosa para disfarçar a idade avançada, no puto em idade escolar que serve de assistente, nas jaulas a que todos os animais estão confinados...

Durante anos tive um circo à porta, na época de Natal. Era um caos de trânsito, de gente, de confusão. Os animais uivavam, relinchavam, bramiam durante a noite. Certa vez, até nos pediram água na rua, que nem isso tinham. “Para um bebé, que está doente”, disse um homem. Mesmo embirrando com mentiras disparatadas, enchi os dois baldes. Devia ser um bebé elefante, mas pronto! Quando levantavam a tenda, deixavam para trás uma enorme lixarada, que o contrato com a CML não incluía contentores para o lixo! Não era lixo deles, mas dos múltiplos visitantes que, descuidados (para só dizer o mínimo!), iam “marcando o território”.

Bom, Sábado passado tive convites para ir ver o Cirque du Soleil, no Pavilhão Atlântico, em “Delirium”. Não se pode dizer que seja circo, ou pelo menos não tem aquela faceta paupérrima e deprimente, nem tem animais como artistas. Gostei dos jogos de luz e cor, do tentar dar um fio à meada na sequência, do homem das andas, da interactividade com o público, da música que não é só o ribombar dos tambores a vaticinar um auge do espectáculo. Mesmo assim, ainda dormitei para lá um pouquinho. Numa cadeira de suma a plástico, que não dá jeito nenhum... “Insensível às artes!”, acusou-me uma amiga mais brincalhona.

Circo não é a minha onda, nunca pagaria para ver, ainda por cima com preços bem carotes. Porém, a actividade circense mais evidente estava ali a meia dúzia de passos, em pleno Centro Comercial Vasco da Gama, com a malta toda alucinada, como se estivesse no metro à hora de ponta, num momento de pânico...

domingo, 2 de dezembro de 2007

IMAGINEM...

sábado, 1 de dezembro de 2007

ESPANHÓIS, NÓS?!

Não tenho nada contra o povo espanhol actual: simpático com turistas, mais alegre e comunicativo que a maioria dos nossos conterrâneos; melhor elucidado nas escolhas políticas, sem dar votos e benesses aos aldrabões; com uma economia mais sólida, uma qualidade de vida superior (estatisticamente, porque lá como cá existem pessoas a viver miseravelmente), uma comunicação social que não perdoa erros de ninguém...

Mas lá por isso quero ser espanhola? NÃO!!! A iletracia reina por este “jardim à beira-mar plantado” há anos demais, por vontade dos próprios governantes, já vai para cerca de... 80 anos! Quando um intectual, ou intelectualóide - em jeito de “piada” – diz ou escreve que o nosso País começou mal, com o D. Afonso Henriques a bater na mãe e que o D. João IV devia ter ficado sossegado a caçar lá na sua coutada alentejana, aparecem inúmeros bacocos a aplaudir! O desconhecimento generalizado da nossa História, aliado ao cinismo desta “prata da casa”, fere-me os ouvidos e os sentidos!

Mesmo passando o “bater na mãe” do nosso primeiro rei (exércitos contra exércitos, não um contacto físico para ser tomado à letra), a dinastia Filipina – de 1580 a 1640, para quem não se recordar das datas – teve passos irreversíveis no descalabro que se seguiu:
1º As nossas naus naufragaram com a “Invencível Armada” espanhola, frente à frota inglesa;
2º Depois da derrota, tanto as nossas zonas costeiras, como as dos territórios onde desenvolviamos o nosso comércio foram saqueadas ou tomadas por outros países, nomeadamente Inglaterra e Holanda;
3º Aumento de impostos;
4º Inquisição, Index (os textos cuja leitura era proibida pela Igreja) e anti-judaísmo;
5º Vários surtos de peste, tifo e fome;
6º Revoltas populares em vários locais do país;
7º Recrutamento para as guerras em que a monarquia espanhola se envolvia;
Será que o domínio espanhol foi bom? Cá por mim, dispenso!!!

E agora, o que podemos fazer contra este “sem rei nem roque” nacional?

Temos o 5º poder nas mãos, ou melhor dizendo, no nosso teclado. Que é o puro e simples poder de nos indignarmos, perante as muitas injustiças e notícias que (o)correm diariamente, num país que ainda é nosso...

quinta-feira, 29 de novembro de 2007

SAI UMA MINI...

... festa, é claro!

Para quem ainda não reparou, o meu primeiro post na blogosfera saíu aqui, faz hoje um ano! Para quem já reparou na minha azelhice informática, não, não demorei mais de seis meses a fazer o segundo: só mudei de “casa”! Temporariamente, como se nota...

Enfim, ainda não sei pôr links, nem fotos, nem música de fundo (essa duvido que alguma vez a ponha), com o tempo hei-de lá chegar. De qualquer forma, o principal intuito do Quiproquó era o de partilhar histórias e experiências, trocar pontos de vista e argumentos, aqui e ali promover uma salutar discussão. E esse objectivo tem sido alcançado, graças à vossa participação.


TCHIM TCHIM!
E
OBRIGADA A TODOS!

quarta-feira, 28 de novembro de 2007

AGRESSÕES PRECOCES

Um dia fui buscar o meu filhote à escola – ainda na infantil - e encontrei a vigilante, mulher dos seus 50 e tais, pálida e tremelicante: tinha acabado de ser agredida por um aluno da primária, com uma murraça no peito! Ela tinha-lhe segurado o braço e repreendido a meio de uma asneirola qualquer e ele alça do punho e vai disto. Com tanta “sorte” dela, que ao cair para trás acabou sentada numa cadeira, sem se estatelar no chão. Não contente com a proeza, o mariola de 8/9 anos, ainda afirmou: “Tu, a mim, não me podes bater!”

No Domingo vi de passagem uma mini-notícia, protagonizada por uma jovem de 15 anos, que a própria relatava mais ou menos do seguinte modo: “Andava com uns colegas atrás de uma professora e um deu-lhe um ‘calduço’. Ela voltou-se e deu-me um estalo. Eu, depois, também dei um estalo à professora.” Já viram este primor de EDUCAÇÃO? E a mini-reportagem seguia, com a mãe toda exaltada a dar razão à coitadinha, que iam fazer queixa à polícia... E a rapariga, muito segura de si, que não estava nada arrependida!

Nem sei se o que me irritou mais foi esta gentalha que só sabe resolver problemas a chapadão, se a comentadora, de risinho cínico, a “varrer” com um aceno de mão o assunto, que era SÓ um “incidente escolar”!

Talvez se o incidente escolar caísse em forma de calduço na tola da comentadora, o caso mudasse de figura...

segunda-feira, 26 de novembro de 2007

500 PALAVRAS DE NON-SENSE

Desafio do Fausto, de Cenas e Coisas: escrever 500 palavras de non-sense, sem falar de coisas sérias, cenas políticas, bola, religião, tempo, nem acontecimentos reais. Aqui estão elas:

Um dia acordei virada do avesso, e disse NÃO! Não foi um NÃO embaraçado, tímido, agradável de se ouvir numa manhã aparentemente calma. Segundo me relataram posteriormente, o meu “grito do Ipiranga” (não se pode falar disto, que é um facto supostamente real e histórico?) fez ruir vários prédios nas redondezas, sem que me tivesse apercebido...

Odeio, detesto, abomino leite, porque raio é que me dão aquela beberagem horrível ao pequeno almoço? Nada impressionada com o meu NÃO, a minha mãe não se demoveu do seu intuito de me obrigar a beber aquela zurrapa, nem com as ruínas dos edifícios dos arredores. Achocolatado, para não ter um sabor tão mau, mas mesmo assim saí para a rua alucinada. A resmungar, que leitinho devia ser para vitelos e não para gente depois dos seis meses de idade... ‘Tá, o meu pai chupou nas tetas da mãe até aos 3 anos, mas isso foi noutros tempos, de vacas magras (ainda não vi o das gordas, mas pronto!)

Bom, estava eu alucinada no meio da rua – isto para ninguém perder o fio à meada – e tal como a carochinha comecei a perguntar se alguém queria casar comigo. A lengalenga era um pouco diferente: “Quem quer casar com uma menina que odeia leite e para se safar da prepotência da mãezinha, troca uma vida sem grandes preocupações, por um trabalho árduo de doméstica a 100%?” As respostas não foram grandiosas: um velhote deu-me umas bengaladas nas costas, com receio que lhe quisesse roubar a “mariconaire”; um puto estava quase a solidarizar-se (e amigar-se) comigo, quando o pressuroso pai, lhe fez ver que era uma idiotice, que era velha demais para ele, que lhe comprava a PS3, pedia o Sport TV à TV Cabo (também não?!), aumentava a mesada, xauzinho do rapaz, mesmo que o dito paizinho me mirasse da cabeça aos pés com olhares libidinosos, mas como percebeu que antipatizava com a bigodaça farfalhuda e as unhas negras, só desculpáveis num cavador de batatas, murmurou entredentes: “sua... pedófila!”; debaixo de um calhau de um prédio que ruira parcialmente, encontrei um gajo bem jeitoso, com cerca de 40 anos, esforcei-me imensamente para o livrar daquele suplício sem o magoar, começa ele a benzer-se e a rezar ó Deus que o salvou e a gritar pela sua Alzira, que ocupadíssima a estender a roupa no terraço, nem tinha dado pelo desmoronar da sua casa, mas ainda apareceu de alguidar à ilharga, para acalmar o seu homem... que tinha caído com a varanda, enquanto estava a fumar um charro, aproveitando a ausência da mulher, que levava a mal essas modernices.

“Estou feita!” – pensei, desanimada. Baldei-me às aulas e fui jogar matraquilhos, para evidenciar o meu carácter rebelde! E foi no salão de jogos que encontrei o Sebastião José - que não era marquês, embora a mãe fosse monárquica, à conta de ler tantas Holas – que de momento estava entre empregos, mas tinha um futuro promissor como biscateiro.

Casámos e foi bom, até porque NUNCA MAIS BEBI LEITE!

domingo, 25 de novembro de 2007

TANTO MAR - Chico Buarque

sexta-feira, 23 de novembro de 2007

RESULTADOS DO TESTE DO PORQUINHO

DESENHA O PORQUINHO PRIMEIRO!!!!!!!! (ver post anterior)

JÁ DESENHASTE, TENS A CERTEZA???



Agora vem o interessante... O porquinho serve como um teste de personalidade, baseado na pessoa que o desenha. Se o porquinho foi desenhado:

Na parte superior do papel: Tu és positivo e optimista.

No centro: és realista.

Na parte de baixo: és pessimista e com tendência a conduta negativa.

Se está a olhar para a esquerda, acreditas em tradição, és amigável e lembras-te de datas com facilidade (tipo aniversários, anos de casamento, de namoro, de noivado...)

Se está a olhar para a direita, és inovador e activo, mas não tens um forte sentido da família, nem dás importância às datas importantes a isso ligadas.

Se olha para frente, na tua direcção, és directo e gostas de ser o advogado do diabo, não tens medo de enfrentar as situações.

Se colocaste muitos pormenores, és analítico, paciente e desconfiado.

Se o desenho não tem muitos detalhes, és emotivo e ingénuo, não és muito metódico e arriscas-te muito.

Se desenhaste menos de 4 patas, és inseguro, ou então estás a viver um período de grandes mudanças na tua vida.

Se desenhaste as 4 patas, és seguro de ti, obstinado, apegas-te muito aos teus ideais.

Se desenhaste mais de 4 patas, és palerma.

O tamanho das orelhas indica se és bom a ouvir os outros. Quanto maiores, melhor...

O comprimento do rabinho indica a QUALIDADE da vida sexual que estás a ter... (outra vez, quanto maior, melhor...)

OK, quem não desenhou o rabinho???

UM BOM FIM-DE-SEMANA PARA TODOS!

TESTE DO PORQUINHO

Como não me apetece escrever sobre coisas sérias e como isto não é um diário, aqui segue um teste simples, que me foi enviado por mail pelo meu amigo Michel:

“Pega numa folha em branco e desenha um porquinho.”

Não é necessário ter talento para o desenho, não precisa de ser colorido, nem pretendo falar das eventuais batotas... Guardem!

Como também não sou parente de nenhuma bruxa mefistofélica, depois da meia-noite podem conferir os resultados. Hora do crime e do terror... tchan, tchan, tchan!!!

*****
Recebi mais um prémio (o 6º), desta vez do Psycho_Mind: “Diz que até não é um mau blog!”. Agradeci, lisonjeada como sempre, e distribuo por todos os favoritos do Quiproquó. O selo está lá no “My lanzudo domain”, para quem o quiser postar.

quarta-feira, 21 de novembro de 2007

ACORDO ORTOGRÁFICO

A semana passada o meu marido precisou de ir ao otorrino. Por sinal uma otorrina, mas não vem para o caso. Como a sede da empresa dele se situa na região do grande Porto, telefonou a avisar que se ia ausentar para ir a uma consulta, mas que ainda voltava ao escritório.

Quando regressou, ligou novamente para informar que já se encontrava na empresa.
“Afinal, o que é que a médica disse?” – perguntou a colega, simpática.
“Que tenho uma inflamação no ouvido e receitou-me uns pingos, para pôr 3 vezes ao dia” – respondeu.
“Pingos? O que é isso?”
“Ahn?!... Então, é um líquido que se põe...”
“Ahhh! Aqui chamam-se gotas!” – esclareceu, satisfeita.

Topam? Ainda o novo acordo ortográfico não entrou em vigor e já se adivinha um próximo, bem mais complicado. E para uniformizar isto? Vamos passar a ter “pintas” ou “gogos”?

terça-feira, 20 de novembro de 2007

FILMES NATALÍCIOS

Além das árvores de Natal, da correria das compras, das encomendas para o jantar de consoada, esta época também é pródiga em estreias de desenhos animados. Que supostamente ajudarão a ocupar o tempo livre das crianças, durante as férias.

E NÃO VIVERAM FELIZES PARA SEMPRE
(Happily N’Ever After, no título original)
De: Paul Bolger e Yvette Kaplan
EUA 2007

Lembra-se dos contos de fadas tradicionais, que acabam sempre com um final feliz? Esqueça! Desta vez a maquiavélica Frida, madrasta de Ela (também denominada Cinderela, Salmonela ou Mozzarela, pela sua despistada fada-madrinha) usurpa os poderes do feiticeiro do Bem e do Mal - que se ausenta de férias, para praticar golfe na Escócia – aproveitando-se da trapalhice dos dois aprendizes de feiticeiro, Munk e Mambo. A megera baralha todas as histórias, alterando o destino das personagens, enquanto Ela, Rick (um lavador de pratos) e alguns amigos tentam a todo o custo reinstaurar o Bem. Um filme engraçado e agradável, mas que poderia ser mais trabalhado a nível de argumento e diálogos.

E é só? Nananinaná! “Beowulf”, já está em exibição e ainda vão estrear “Encantada” da Disney, “Bússola Dourada” baseado na trilogia “Os Reinos do Norte” de Philip Pullman e “A História de uma Abelha” da Dreamworks, a partir de uma ideia de Jerry Seinfeld, que também dá voz à personagem principal.

Um prato cheio de iguarias para a criançada (cof! cof!)... e não só!

segunda-feira, 19 de novembro de 2007

TRAVESSURAS DA MENINA MÁ

A paixão doentia que um modesto tradutor peruano nutre por uma misteriosa e ambiciosa menina, desde o momento em que a conhece - mas também ao longo das cerca quatro décadas seguintes - é o ponto de partida deste romance. Que, simultaneamente, evoca as transformações políticas e sociais ocorridas na Europa e na América do Sul, na segunda metade do século XX.

Os encontros e desencontros das duas personagens, Ricardo Somocurcio e Lily, percorrem vários cenários: Lima, Paris, Londres e Madrid, cidades onde o escritor também viveu grande parte da sua vida. Entrelaçando sentimentos como o amor e o ódio, a revolta e a resignação, a solidão e a mundanidade, Llosa desenvolve uma escrita madura, realista e por vezes crua, embora acessível.

A breve incursão pelo Japão, dominado por barões do crime, evidencia uma referência metafórica a Alberto Fujimori, ex-presidente do Peru de origem nipónica - contra o qual o próprio Llosa concorreu e perdeu as eleições presidenciais de 1990 - posteriormente acusado de corrupção, enriquecimento sem causa e genocídio.

Este livro não suscitou grande polémica no Clube de Leitura, que quase todos gostámos de ler, se bem que vários de nós tivéssemos vontade de “puxar as orelhas” a Ricardito, o menino bom, pelo seu imenso masoquismo...

TRAVESSURAS DA MENINA MÁ
Mário Vargas Llosa (2006)
Círculo dos Leitores

CITAÇÕES:

"Naquele último dia do Verão de 1950 - eu acabava de fazer também quinze anos - começou para mim a vida a valer, a que divorcia os castelos no ar, as miragens e as fábulas, da crua realidade."

"Mas ela e todos os que vivem uma parte da sua vida em fantasias que constroem para abolirem a verdadeira vida, sabem e não sabem o que estão a fazer. A fronteira eclipsa-se-lhes por períodos e, a seguir, reaparece."

“- Não tenho assim tanta certeza, tio. Sim, é verdade, tenho uma profissão que me permite viver numa cidade maravilhosa. Mas lá, acabei por me converter num ser sem raízes, num fantasma. Nunca serei francês, mesmo que tenha um passaporte que diga que o sou. Lá serei sempre um métèque. E deixei de ser peruano, porque aqui ainda me sinto mais estrangeiro que em Paris."


*****
Próxima sessão no dia 26 de Janeiro, com o livro “Rio das Flores” de Miguel Sousa Tavares.

domingo, 18 de novembro de 2007

UM MUNDO MARAVILHOSO

quinta-feira, 15 de novembro de 2007

PASTELARIA FINA

Era apenas um café de bairro, pequeno, estreito e escuro. Foi obrigado a modernizar-se por um qualquer antepassado da ASAE, tornando-se um pouco mais iluminado. Já não existe, mas no toldo de entrada ostentava o pomposo título de “pastelaria”.

Os proprietários / balconistas costumavam ser simpáticos com os clientes, em estilos bastante diferentes – um com alguma prosápia de pseudo-intelectual, outro mais o homem lá da sua terra, com pronúncia axim - mas eram verdadeiros esclavagistas para os empregados. Resultado: semana sim, semana não, aparecia uma cara nova a servir às mesas. Contavam-se histórias mirambolantes, de um que fugira tão esbaforido dos patrões, que até lá deixara o próprio relógio...

A pastelaria era encomendada fora e muito má. Ríamos! Era como o bolo-rei, trazia “brinde”, nem sempre identificável. As sandes de pão com pão denunciavam um ténue vestígio a queijo, fiambre ou presunto, fatiados no mais transparente possível. Um cliente ocasional voltou lá a queixar-se que os chocolates que tinha comprado tinham bicho. Os preços praticados eram iguais aos das grandes e boas pastelarias da zona (que as há e essas ainda têm clientela!) Afinal eram ou não eram uma pastelaria fina? Hummm... Bom, adiante!

A frequência não podia ser mais variada: estudantes de todos os anos e cursos, donas de casa, vizinhos que passavam para beber um cafézinho, pessoal das barracas, homens que não prescindiam do seu fim de tarde, a discutir política e futebol, diante de uma imperial. Áquele antro chamávamos carinhosamente... o “entulho”!

Foi o local onde estudei e convivi com amigos, onde festejámos alegrias e partilhámos tristezas. E não é que o “entulho” deixou saudades em alguns de nós?

quarta-feira, 14 de novembro de 2007

CURSO RÁPIDO PARA "TIAS"

Recentemente enviaram-me um mail sobre um “Piqueno Dicionário das Tias”. Li, achei piada e guardei dentro da gaveta (que é como quem diz, no PC). Ontem, a propósito de um post alheio, lembrei-me de o consultar. E daí até resolver dar um “Curso Rápido para Tias” foi um passo.

Antes de tratar o visual de forma conveniente a fazer passar-se por uma, convém aprender o léxico que deve utilizar em TODAS as circunstâncias. Esqueça desde logo os pronomes possessivos, quando se referir a familiares. Diga o pai, a mãe, o avô, como se todos tivessem a obrigação de conhecer os seus parentes. O marido (nunca, mas nunca, esposo) deve ser tratado pelo nome próprio ou diminuitivo, como se fosse mundialmente famoso. E filhos, crianças, putos, miúdos, jovens passam definitivamente a ter um único significado – piquenos.

Dada esta primeira introdução, saliente-se que há um assunto absolutamente TABU: é de mau tom falar em dinheiros! Portanto, palavras como salário, ordenado, juros, preços, etc. não têm tradução. Uma verdadeira Tia compra (ou fica a dever), nunca pergunta “Quanto custa?” Ao não cumprir esta regra, é imediatamente escorraçada do Jet7!

Com coragem para empreender esta demanda? Então seguem algumas das expressões que deve treinar, para usar no dia-a-dia:
LONTRA (em vez de Gorda)
MONSTRA (em vez de Feia)
MEDONHA (em vez de Pior que feia)
CARTEIRA (em vez de Mala)
JEANS (em vez de Calças de ganga)
PINDÉRICO (em vez de Sem classe)
POSSIDÓNIO (em vez de Piroso)
RÚSTICA (em vez de Saloia)
ESPERTA (em vez de Inteligente)
TOU GORDÍSSIMA, ENORME (em vez de Estou um bocado pró cheinha)
TOU PÉSSIMA (em vez de Estou chateada, aborrecida, doente ou gorda)
TOU UMA LONTRA (em vez de Estou Gorda)
DE TODO (em vez de Não é isso, jamais, etc.)
PRESENTE (em vez de Prenda)
GRIFFE (em vez de Marca – roupa e acessórios)
CRIADA (em vez de Empregada)
MOTORISTA (em vez de Chauffer)
CASA/MORADIA (em vez de Vivenda)SALAMANDRA (em vez de Lareira)
CATURREIRA (em vez de Divertimento)
CATURRA (em vez de Divertido)
IMENSO (em vez de Muito) CARRO (em vez de Automóvel)
GUIAR (em vez de Conduzir)
SEI LÁ (em vez de Não sei, Não faço ideia)
TIVE EM LONDRES (em vez de Fui a Badajoz)
QUE MÁXIMO! (em vez de Ganda pinta!)
GIRO (em vez de Bonito)
GIRÍSSIMO/ENGRAÇADÍSSIMO (em vez de Lindo)
MORRER (em vez de Falecer)
ENTERRO (em vez de Funeral)
TEFONIA (em vez de Rádio)
RETRATO (em vez de Foto)
CESTO DOS PAPÉIS (em vez de Caixote de Lixo)
QUE PIQUENO GIRÍSSIMO (em vez de Aquele gajo é bom com'ó milho)
AQUELE DESPORTO DOS PIQUENOS GIRÍSSIMOS A CORRER ATRÁS DA BOLA (em vez de Futebol)
TOU QUE NÃO POSSO (em vez de Estou Farta Disto)
ADEUS (em vez de Tchau)

PS – Esta primeira lição, com alguns resumos e alterações, vinha assinada pelo Manel, pelo que o curso também serve para “Tios”... As inscrições estão abertas!

segunda-feira, 12 de novembro de 2007

CONTA-ME COMO FOI

... é a série televisiva exibida aos Domingos na RTP 1, por volta das dez e meia da noite.

À partida a história desenrola-se em torno da humilde família de Carlos - um rapaz de 8 anos – que mais tarde narra as suas recordações de 1968/1969, dando um breve retrato de uma sociedade portuguesa ingénua, submissa e tacanha, onde diversos preconceitos imperam...

Como ficção não pretende ser documental e muito menos histórica, embora utilize factos reais que conduzem ao desenrolar do enredo. Uma comédia de costumes que abarca temas como a censura, a repressão, o capitalismo, as lutas estudantis, o papel da Igreja, a falta de direitos das mulheres, a par das conversas de café e de bairro que despoletavam os boatos mais inverosímeis e acicatavam os moralismos mais empedernidos.

Óptimas interpretações de Miguel Guilherme, Rita Blanco, Catarina Avelar, entre outros. A não perder, por todos os que pretendem ter uma ideia da mentalidade vigente da época e no que é que se traduziam os ditos “bons velhos tempos”...

*****

Parabéns, LAURINHA!
A Laurinha publicou o seu livro de poemas, intitulado “Réstias de Sol” e está muito feliz! E eu com ela e por ela! E claro, podem lê-la nas “Résteas...” que está nos favoritos.

domingo, 11 de novembro de 2007

SE NÃO GOSTASSE DE DESAFIOS,

Seria... a última a colocá-los aqui.

Então aqui segue o desafio lançado pela Vanadis e também pelo Fausto, que alguns (muitos?) já fizeram, mas ando nestas andanças há relativamente pouco tempo, portanto não sei bem quem. Segue só para os que quiserem agarrar, mesmo só de passagem...

Se fosse:

Uma hora do dia, seria...
madrugada
Um astro, seria...
distante
Uma direcção, seria...
dirigida
Um móvel, seria...
uma cadeira de balanço
Um líquido, seria... uma imperial, bem fresquinha
Um pecado, seria...
preguiça
Uma pedra, seria... preciosa
Uma árvore, seria... oliveira
Uma fruta, seria... morango
Uma flor, seria... cravo vermelho
Um clima, seria...
temperado
Um instrumento musical, seria...
saxofone
Um elemento, seria...
água
Uma cor, seria...
azul
Um animal, seria... gato, cão, ou os dois em simultâneo...
Um som, seria...
um tilintar
Uma música, seria...
“What a wonderful world”
Um estilo musical, seria...
jazz
Um sentimento, seria...
carinho (no amor e na amizade)
Um livro, seria... uma história para contar
Uma comida, seria...
um pires de caracóis!
Um lugar, seria...
pacífico
Um cheiro, seria...
perfumado
Uma palavra, seria...
felicidade (para todos!)
Um verbo, seria...
aprender (conhecer e saber)
Um objecto, seria...
uma caneta
Uma roupa, seria... umas calças de ganga
Uma parte do corpo, seria...
olhos e mãos
Uma expressão facial, seria...
um piscar de olho
Uma personagem de desenho animado, seria...
Garfield
Um filme, seria... Les Uns et Les Autres
Uma forma, seria...
estranha
Um número, seria...
7
Uma estação, seria...
Primavera
Uma frase, seria... “Só sei que nada sei!”

Vá, tentem ver se é fácil...

sexta-feira, 9 de novembro de 2007

PELA ESTRADA FORA

Não, não vou escrever sobre o livro de Jack Kerouac, ou sobre o filme “Um Bater de Corações” (Heart Beat), que nele se baseia. Nem da geração beatnik de que este escritor foi um dos símbolos.

Estou só a imaginar a sensação que teria hoje, se enchesse uma mochila com meia dúzia de tarecos e partisse assim, pela estrada fora, sem rumo, nem destino, nem hora marcada. Em ritmo de liberdade plena!

Uma sensação que vivi no passado, aos 20 e poucos anos, quando com duas amigas percorremos a costa algarvia de Lagos a Montegordo, todas solteiras e disponíveis para partir à aventura. Nós e o boguinhas de uma delas, que condutora ovo estrelado (leia-se, com a carta tirada recentemente, em que era obrigatório usar um símbolo amarelo ostentanto um 90 - a velocidade máxima permitida a quem tinha carta há menos de um ano) se atrapalhava imenso, sem que a pudéssemos ajudar muito, visto que ainda não possuíamos o referido documento. Contudo, quando nos cruzávamos com um sinal de perigo, ostentando um bovino dentro do triângulo, a outra gritava pela janela: “Afastem-se vacas, que a vida é curta!” E ríamos que nem malucas...

Mas voltando à vaca fria (pró que me havia de dar), hoje como seria? A mochila nunca seria tão leve, porque à medida que os anos vão correndo, cada vez carregamos mais o peso das coisas sem as quais não conseguimos passar: telemóvel, carregador, máquina fotográfica, ipod, quiçá o portátil e o Kangoroo... E mais umas roupinhas, que hoje sou mais precavida e friorenta. Ná! Isso é muita tralha: umas meias grossas, um casaco de malha e a máquina fotográfica estão no ir, o resto fica! Já tenho a “mala” feita, para um dia destes...

Enquanto esse sonho não se realiza, vou ouvindo o Zeca Afonso: “Não me obriguem a vir para a rua gritar, que é já tempo d’embalar a trouxa e zarpar, tiriririri, tiriririri, tiriririri, paracuietaé.”

Um bom São Martinho a todos, com muitas castanhas e vinho!

quarta-feira, 7 de novembro de 2007

BANHO DE ESPUMA

Um banho de espuma faz milagres pela minha boa disposição. Descontrai-me, liberta-me de preocupações e irritações. Tenho a vaga sensação que nos próximos tempos vou tomar vários, que a saúde dos familiares mais idosos está a descambar em maleitas e doenças cada vez mais constantes e imprevisíveis. Mas como isto não é um diário, toca de seguir em frente.

Quando entro na banheira, lembro-me quase sempre da música da Rita Lee: “Que tal nós dois, numa banheira de espuma? O corpo caliente, um dolce farniente, sem culpa nenhuma...” Sorrio! A banheira dela deve ser bem maior do que a minha, talvez do género hollywoodesco. Aqui, mais do que um adulto ia parecer o Metro à hora de ponta em dia de chuva. Está certo, as actuais servem apenas de suporte para os pés, enquanto se toma um duche rápido. Em ritmos cada vez mais acelerados, que não dão lugar a qualquer pensamento, excepto um eventual e apressado: “Que raio, acabou-se o gel!”

Relaxo ao som do murmurar das bolhas que se vão desfazendo na água quente, brinco com novelos de espuma, observo o engelhar da superfície dos meus dedos.

Está na hora de sair e começar um novo dia!

terça-feira, 6 de novembro de 2007

ELIZABETH

Gosto de filmes históricos. Tenho a noção que quase todos eles contêm várias imprecisões, não só nos factos e datas, como nas versões romanceadas para manter o interesse do público.

Na sequência de “Elizabeth”, de 1998, surge agora pela mão do mesmo realizador, argumentistas e protagonistas principais:

ELIZABETH – A IDADE DE OURO
(Elizabeth – The golden age), no título original
Realização: Shekhar Kapu
Argumento: William Nicholson e Michael Hirst
Elenco: Cate Blanchett, Geoffrey Rush, Clive Owen, entre outros
Reino Unido (2007)

O enredo, decalcado da História Mundial, transporta-nos para 1585, quando Inglaterra era governada pela rainha Isabel I. Filipe II de Espanha(I de Portugal) reinava então na Península Ibérica, mas tinha também a pretensão de conquistar Inglaterra, de onde baniria para sempre os protestantes, impondo a Igreja Católica Apostólica Romana como única religião vigente.

Naqueles tempos qualquer acto ou suspeita de traição pagava-se com a própria vida, muitas vezes depois de um longo e penoso percurso por masmorras e câmaras de tortura. Se por um lado a Inquisição se encarregava de exterminar todos os que professavam outros credos, os protestantes também eram impiedosos na caça que moviam aos católicos, especialmente os que ousassem conspirar contra a rainha. Relatando as intrigas palacianas, as traições, a espionagem mútua e a conspiração de Babington, que precipitou a decapitação de Maria Stuart, Rainha dos Escoceses, o filme aponta algumas das razões que levaram ao despoletar da batalha naval que destruíu a “Invencível Armada”.

Vivendo de longos diálogos e de uma encenação algo teatral – com cenas escusadas, como a fila de pretendentes à mão de Isabel, que se desenrolou realmente bastante antes, quando subiu ao trono em 1558, não quando ela já tinha 52 anos – não deixa de ser um curioso retrato de uma época, violenta e sangrenta, em que não estavam só em causa valores religiosos, mas a sede do poder e, em última análise, a própria sobrevivência.

Um filme a ver, para quem gosta de dramas históricos!

domingo, 4 de novembro de 2007

A FREIRA DA FAMÍLIA

Uma das minhas tias-bisavós foi freira. Com tanto azar o dela, que a implantação da República apanhou-a no convento e, tal como as outras irmãs, teve de fugir do País. Andou por várias partes do mundo, suponho que chegou a ser missionária, mas em concreto não sei onde.

Um dia, a minha avó foi contactada pela madre do convento onde ela residia lá para os seus 80 anos, para saber se havia possibilidade de ela regressar ao seio familiar. Não dourou a pílula: a velhinha tinha um feitio diabólico, infernizava a vida de toda a comunidade... A alternativa era a expulsão e colocá-la num lar!

A minha avó e a irmã lá se organizaram de forma a receber a tia em suas casas. Mulher de poucas falas, de porte rígido já sem hábito, vestia de negro, o cabelo completamente branco amarrado num carrapito. Não aparentava gostar de ninguém (a nós, muito miúdas, sacudia-nos assim com a mão, como se fossemos moscas inconvenientes), nem de animais, fugia a sete pés de toda a gente que estivesse doente, nunca se mostrou especialmente agradecida às sobrinhas. Era exigente, crítica, teimosa, preconceituosa, não me lembro sequer de um sorriso a iluminar a sua face, nem quando rezava o terço.

Talvez a idade avançada lhe tivesse emaranhado os neurónios, o único benefício da dúvida que lhe dou actualmente. Mas mais mau feitio do que o dela ainda não encontrei em parte nenhuma...

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Prós “meninos” que andaram a distribuir/receber diabos da Tasmânia como prémio de mau feitio, eis um percurso exemplar a copiar. Se quiserem vestir o hábito!

quarta-feira, 31 de outubro de 2007

O MENINO DANÇA?

Os rapazes adolescentes imaginam que as aulas de Educação Física servem apenas como recreio, para jogar umas futeboladas, ter umas noções de basquete, volei ou andebol, fazer umas corridas, quando muito efectuar alguns exercícios de ginástica. Mas estão enganados, que os professores têm um programa a cumprir, normalmente gerindo as diversas modalidades por períodos.

E quando toca a dança, os putos que corriam que nem uns desalmados atrás de uma bola, no período ou ano anterior, viram coxos! Um diz que tem a unha do pé encravada, o outro afirma ter uma lesão no joelho, um terceiro que está com tonturas e por aí adiante... todos na ronha. Ou seja, como não consideram um desporto macho – que nestas idades, dos 13 aos 16, acham muito importante evidenciar (não sei se será só nestas, mas pronto!) – comportam-se como se fossem uns mariquinhas! As meninas, está claro, ficam a dançar sozinhas.

Aborrecida com a situação, uma professora de EF, chamou as mães à escola, em segredo, para serem parceiras de dança dos respectivos rebentos. A iniciativa colheu os jovens de surpresa (desagradável)! Acabaram-se os coxos, a turma transformou-se em 100% dançante, para evitar novas visitas...

Para todos os professores que encontram métodos originais e criativos para ultrapassar estes preconceitos juvenis, segue o meu mais sincero aplauso.

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Já assinaram a petição internética que visa impedir Guillermo Hababuc Vargas de participar na Bienal Centroamericana de Arte a realizar nas Honduras em 2008? Para conseguir a projecção almejada, este “artista” recolheu um cão vadio e faminto, deixando-o “morrer” à fome e à sede durante uma exposição em Manágua. Não há provas que isso realmente tenha acontecido, mas só a ideia é de fazer inveja a qualquer bruxa ou mefistófeles, digno desse nome.

Para quem ainda o queira fazer, segue o endereço do blog do Van Dog, onde encontram na faixa lateral um apelo ao “Boicote ao Hababuc”, na rubrica “O local da semana”:
http://www.vdcartoons.blogspot.com/

Aproveitem para ler as últimas tiras de BD, que valem a pena!

terça-feira, 30 de outubro de 2007

ILUSÕES DE ÓPTICA

“Sei que pareço um ladrão,
Mas há muitos que eu conheço,
Que não parecendo o que são,
São aquilo que eu pareço!”

António Aleixo (1899-1949)

Francamente, imagino que nunca passou pela cabeça deste poeta popular o estranho de caso de um “jovem” que, enfastiado, um dia resolveu ir ao banco pedir um empréstimo de 12,5 milhões de euros. Que mais tarde o papá pagou, mas nem é muito relevante, que o “rapaz” já tinha sido parcial e temporariamente perdoado pela “gaffe”.

Nem que a malta desatasse a ter uma febre consumista de apartamentos de luxo, carros topo de gama, roupas de estilistas famosos, tudo do bom e do melhor. Pagar... pronto... depois logo se vê!

A imagem de marca actual só tem uma regra: é preciso (a)parecer!

E aí temos a televisão sempre pronta a aceitar de braços abertos gente desta laia, para dar as suas “doutas” opiniões sobre tudo e mais alguma coisa. Bem, sobre tudo não será exactamente, porque sem dúvida manifestam um total desconhecimento sobre matemática...

sexta-feira, 26 de outubro de 2007

EÇA AGORA

A apresentação do livro “Eça agora – Os Herdeiros de Os Maias”, decorreu na Biblioteca Nacional, na passada quarta-feira, pelas 19 horas. Escrito a “14 mãos” por Alice Vieira, João Aguiar, José Fanha, José Jorge Letria, Luisa Beltrão, Mário Zambujal e Rosa Lobato Faria, da editora “Oficina do Livro”. As impressões do livro em si ficaram a cargo de Rui Zink.

A sessão deu azo a ironias e trocadilhos, num ambiente simpático e descontraído, com o humor irreverente de Zink a pontuar que assim que lhe deram o livro deparou logo num erro de capa: “Eça não se escreve com C cedilhado!” E continuou por aí adiante, explicando à audiência que tudo isso era natural, porque “os escritores portugueses davam muitos erros, o Saramago por exemplo punha vírgulas a mais (ahn?!... eu acho... cof, cof), isto devido a todos eles lerem pouco, para não sofrerem influências alheias.” Bom, se as palavras foram exactamente estas já não sei, mas não faz mal, dá para entender o mote inicial!

Esta é a terceira parceria destes sete escritores, que em 2005 publicaram “Os Novos Mistérios de Sintra” e em 2006 “O Código D’Avintes”, da mesma editora. Fãzoca de leituras leves e agradáveis - desde que bem escritas, está claro - e tendo lido e gostado das anteriores, desta vez fui convidada por uma amiga do peito, parente afastada (ou nem tanto!) de um dos escrevinhadores. Julgavam o quê, que tinha lá caído de pára-quedas, a agarrar que nem uma lapa os autores pelo colarinho, a especificar quais eram as minhas preferências literárias? Ná...

Como é fácil calcular, ainda não li o livro, apenas o folheei... Mas fica prometido um texto mais detalhado, assim que o acabar de ler!

quinta-feira, 25 de outubro de 2007

O OUTONO DÁ SONO!

Muito! Demais!

Especialmente quando vamos buscar uma sobrinha à escola, meio adoentada, queixando-se de dores de cabeça – esquecendo-se de especificar que deu uma turra não sei onde.

Especialmente quando o server faz “greve”, sem desígnio nem hora marcada.

Especialmente quando o abrunho de um subempreiteiro qualquer corta os cabos de electricidade, que abastece a energia de toda uma zona bastante populosa.

Especialmente quando vamos ao cinema e o filme a que queríamos assistir já saíu de cartaz.

Especialmente quando familiares e amigos se encontram amorfos, saudosos de tempos anteriores, que não voltam mais.

Especialmente quando damos conta da nossa própria incapacidade de fazer rir ou sorrir, quem não tem vontade para tanto.

Uhhaaar!(bocejo) Fui atingida por uma seta (ou mosca) que só me leva a dormir na forma...

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Por incrível que pareça, nada deste texto tem a ver (não, não é haver!) com companheiros blogosféricos. Apenas uma situação local!

segunda-feira, 22 de outubro de 2007

MUNDO DO FIM DO MUNDO


Um jovem chileno, inspirado por “Moby Dick” de Herman Melville, parte para umas férias de aventura, com o intuito de conhecer a navegação que dá caça às baleias, nos mares do Sul. A experiência tem aspectos positivos e negativos, fica com a certeza que não deseja ser baleeiro no futuro.
“- Sabe, amiguinho, ainda bem que não gostou da caça. Cada vez há menos baleias. Talvez sejamos os últimos baleeiros destas águas, e está bem assim. É altura de as deixarmos em paz. O meu bisavô, o meu avô, o meu pai, todos foram baleeiros. Se eu tivesse um filho como você, aconselhava-o a seguir outro rumo.” – diz-lhe o Basco, comandante da embarcação.

Este é o ponto de partida do livro:
MUNDO DO FIM DO MUNDO
Luis Sepúlveda (1989)
Edições ASA, 11ª edição, 2001

O jovem torna-se adulto, mais consciente da realidade que o rodeia, depois de um percurso algo paralelo ao do próprio autor – que esteve preso nas prisões de Pinochet, tornou-se clandestino no próprio país, até ser exilado.

Aderindo ao movimento Greenpeace, toma conhecimento de um barco-fábrica japonês, Nishin Maru, “dedicado à caça e processamento industrial das baleias.” Numa sequência de pasmar, dá-nos a conhecer um mundo do fim do mundo, em que é difícil acreditar...

Esse barco existiu realmente (será que ainda existe?), empenhado na tarefa de aspirar o mar: “Puxavam-no todo, provocando uma corrente que sentimos debaixo da quilha e, depois de passado o aspirador, o mar ficou transformado num escuro caldo de águas mortas. Sugavam-no todo, sem sequer pensarem em espécies proibídas ou protegidas. Com a respiração quase paralisada de horror vimos como várias crias de golfinhos eram sugadas e desapareciam” – esclarece um dos personagens.

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Um livro que se lê num instante (123 páginas escorreitas), com costas, ilhas, enseadas e fiordes que não vale a pena memorizar, mas muito activista, no que este escritor quer dar a conhecer ao mundo!

Um também que andou por aqui perdido, até ter “honras” de prateleira...

domingo, 21 de outubro de 2007

4º E 5º PRÉMIOS

Prémio “Visitante” atribuído por Inês, do “Anjodemónio”, e Crestfallen, do “Só me apetece cobrir”.

“Blog 5 estrelas” nomeação de Crestfallen, do “Só me apetece cobrir”.

Fico orgulhosa de os receber, não gosto tanto da parte de os distribuir. Sou juíza dos restantes blogs? Não, pois não?!

Então pronto, seguem nomeações para todos os favoritos do quiproquó, que numa ordem mais ou menos cronológica é a seguinte: Su, Mel, Nelson, Vício, Vanadis, Matchbox30, Pascoalita, Rafeiro, Capitão Merda, 4ever...or never, Kátia, Cusquinha, Laura, Adrianna, Fausto, Diabba, Belzebu, Eduardo, Ahkla, Elora, Crestfallen, Pelintra (com Rei da Lã e Violeto), Gata, Tons de azul, Dulce, Inêses (são duas, tenho de clicar para perceber quem é quem, mas ambas fantásticas!), Sun Iou Miou e desculpem se me esqueci de alguém.

Como ainda não sei postar aqui os selinhos (não especialmente giraços), quem quiser aceitá-los pode ir copiá-los a uma das duas “casas” mencionadas.

sexta-feira, 19 de outubro de 2007

DO QUE NÃO SE LEU

Na crónica de António Mega Ferreira, na Visão de 2 de Agosto de 2007, intitulada “Do que não se leu”, ele afirma: “A maior parte dos originais enviados para as editoras pura e simplesmente não é lida”.

Para justificar esta afirmação um tanto polémica, relata uma notícia recente, em que um “hábil provocador” montou um texto a partir de três romances de Jane Austen e enviou-o a 16 editoras britânicas. Em 15 este foi recusado, só o 16º “...atento, o remeteu para a obra de Jane Austen com a indicação que a obra ‘nova’ era, afinal, velha de quase dois séculos.”

Como é difícil acreditar que 15 editoras britânicas sejam tão “distraídas” que desconheçam Jane Austen, a probabilidade é que o “original” nunca tenha sido lido por um consultor qualificado, conclui o cronista, explicando o facto pela numerosa quantidade de originais que chegam diariamente às mesmas. Assim, sem serem lidos, uns tempos depois os autores recebem uma simpática cartinha onde se explica que a publicação “não se integra no planeamento editorial”.

Mega Ferreira acrescenta ainda: “E o procedimento não é sequer muito diferente do adoptado pelos jurados de concursos literários onde está em causa premiar inéditos: quem é que, humanamente, é capaz de ler 150 manuscritos, dos quais, possivelmente, nem cinco se aproveitam?”

Tirando a presunção patente no fim deste comentário – se os jurados não leram, como é que sabem se se aproveita? – de que vale a um ilustre desconhecido enviar os seus textos para editoras ou concursos literários? E se é assim no Reino Unido, que usufrui de um mercado editorial muito mais amplo do que o português, como é que será cá?

A resposta está à vista de todos os que frequentam livrarias: saem livros de futebolistas, treinadores, apresentadores de televisão, actrizes/actores, elementos do jet set, políticos, familiares (ou ex) destes e claro, de jornalistas, poetas e escritores já com provas dadas. Ou seja, o critério literário tem pouco a ver com o assunto. Interessa é vender!

quinta-feira, 18 de outubro de 2007

PRÍNCIPES ENCANTADOS

Os contos de fadas sempre deram asas à imaginação das meninas, oferecendo-lhes sonhos de que um dia seriam felizes para sempre, ao lado do seu príncipe encantado.

Quais eram as características dos ditos? Sem entrar nos pormenores das fatiotas algo “demodés” (para não dizer caricatas e um pouco amaricadas), eram todos membros da melhor fidalguia, ostentando as suas riquezas, um bocado entediados com a vida, passando os dias sem fazer praticamente nada, a não ser caçar ou andar a cavalo. Jovens, belos, simpáticos, supostamente cultos e inteligentes, bem-falantes, arrancavam suspiros a todas as raparigas casadoiras do seu reino. Mas eles nada, que estavam à espera do grande amor da sua vida. Até que um dia, num encontro, num sorriso, num pestanejar de olhos, numa dança, ficaram perdidamente apaixonados à primeira vista! – Não sei se isto traduz a sua inteligência, mas pronto...

Aí é que os príncipes se começam a revelar verdadeiros heróis, lutam com bruxas, magos, madrastas malévolas, monstros de várias cabeças, dragões, para chegar próximo da donzela amada e o final feliz surgir no horizonte.

Quando o conto de fadas acaba e se entra na realidade, convém não ter ambições tão desmedidas. Príncipes encantados não existem! Nem a maioria de nós, princesas em perspectiva, dá azo a grandes paixões ao primeiro olhar!

Somos todos apenas homens e mulheres, com os seus defeitos e qualidades, perfeições e imperfeições. Para quem não acreditar nesta verdade nua e crua, tem aí muito “sapo” para beijar. Aposto é que não o conseguem transformar...

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Este post é dedicado a todas as mulheres – que hoje não me estava a apetecer falar do Makukula, do Cristiano Ronaldo ou do jogo com o Cazaquistão! Mas também é óbvio que as “belas princesas” não são eternas, especialmente se passarem horas, dias, meses e anos, em frente ao tanque e ao fogão.

terça-feira, 16 de outubro de 2007

PENA DE MORTE - SIM OU NÃO?

Suponho que é uma questão de convicção, não interessam os condenados, quem quer que eles sejam. Entre um ditador facínora, sociopatas de várias nacionalidades, assassinos confessos, terroristas, reincindentes de vários crimes, desgraçados e injustiçados a vários níveis, para além de muito mulherio sujeito a tribalismos e religiões castigadoras, é igual para todos. Ou se é contra ou a favor!

Cerca de 70 países têm leis que a permitem, desses, uns 12 ou 13 não a aplicam na prática. Discutir o modo de execução, também é absolutamente irrelevante. Qual é o melhor ou o pior? O “cardápio” está repleto de modalidades, nem é possível dizer qual é a mais atraente – era necessário ter feito a experiência, não é? -, mas o resultado final vem a dar no mesmo...

Dos 50 e muitos países que praticam a pena de morte, só três são considerados democráticos – EUA, Japão e Coreia do Sul. Sabe-se lá porquê, se calhar é porque os Direitos Humanos não têm o mesmo sentido em todas as partes do Mundo!

Aqui, o NÃO é convicto! Aceitam-se opiniões contrárias, mas sem discussões se é melhor apedrejar, crucificar, fuzilar, queimar, enforcar, decapitar, electrificar, injectar e de tudo mais que se possam lembrar.

sábado, 13 de outubro de 2007

AQUI HÁ GATO!

Dorminhoco, comilão, cínico, egoísta, preguiçoso, peludo, irritadiço, mesquinho, este não é um gato como outro qualquer! Os adjectivos ainda não chegam para adivinhar quem é este “herói”?

Se acrescentar que adora:
- Lasanha;
- Esgatanhar carteiros;
- Perseguir cães;
- Ver televisão;
- Arranhar sofás;
- Atazanar a vida do dono;
O que dizem?

E se os ódios de estimação forem:
- Segundas-feiras;
- Trabalho;
- Ida à veterinária;
- Acordar cedo;
Ahn?

O dono, de seu nome Jon Arbuckle, é desenhador de animação, tímido e mal sucedido com as mulheres, mas carente de companhia. Daí ter comprado um gatinho numa loja de animais, em que ficamos sempre sem saber quem é que é dono de quem...

Já adivinharam? GARFIELD, pois claro!

Ficou muito por dizer? Ahhh... que tal reconhecer que algumas das características deste felino são iguais às de muitos de nós? Tudo o resto segue quando o bichano completar 30 anos, em meados do ano que vem...

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A inspiração é de Jim Davis.

Mas não só! Também de todos os "bichinhos" que por aqui passam. Muito(s) humanos, a evidenciar a sua "garra"!

quinta-feira, 11 de outubro de 2007

NOBEL DA LITERATURA 2007

A Academia sueca anunciou hoje que o Prémio Nobel da Literatura 2007 foi atribuído à escritora inglesa Doris Lessing.

Nascida na Pérsia (actual Irão) a 22 de Outubro de 1919, com o nome de Doris May Tayler, viria a publicar o seu primeiro livro em 1949 – “A Erva que Canta”: “uma denúncia zangada da hipocrisia do poder colonial, com o qual Lessing se familiarizou durante a juventude dela na África do Sul – e uma análise da mentalidade colonial que ela provoca quer no colonizador quer no colonizado.” (In “1001 Livros para Ler Antes de Morrer”)

Activista feminista, a escritora é a 11ª mulher a ser agraciada com este prémio, que já homenageou outros 103 escritores. O Nobel não foi concedido em alguns dos anos da I e II Guerra Mundial.

Fiquei curiosa: é mais uma a acrescentar à lista de autores a ler num futuro próximo!

terça-feira, 9 de outubro de 2007

DEDO NO AR

Está bem que é um método antigo e metódico, para o professor saber que alguém quer responder à pergunta que acabou de colocar. O indicador, note-se!

Mas porque é que alunos - que entraram recentemente na Faculdade - dão fotos deles próprios com um dedo no ar, que já não é o indicador, ou aparecem de biquini, na ficha que é dada aos docentes? Extensão do HI5 e de outras brincadeiras internéticas?

Um amigo meu, sintetizou muito bem a reacção: “No meu tempo, se fizesse isso, dava direito a expulsão! E se chegasse a casa e explicasse o porquê, o meu pai rachava-me ao meio!”

Retirando o exagero, qualquer química deixa de existir, quando uns chegam lá cheios de empenho para estudar e aprender e outros para gozar e esticarem-se à “sombra da bananeira”. Percalços, todos podem ter, mas jardim de infância na Universidade, não há professor nem ninguém que aguente!

sábado, 6 de outubro de 2007

UMA BOA ESTRELA

Ontem fui ao cinema ver “Stardust”, uma espécie de conto de fadas, que nos envolve numa deliciosa aventura de príncipes e princesas, bruxas más, piratas, fantasmas, estrelas cadentes, segredos e mistérios, enfim, tudo o que condimentava as nossas histórias de infância. De repente, senti-me menina novamente, só me faltou gritar na cadeira: “Olha a bruxa!”

De regresso a casa, a sensação não me abandonava, havia uma peçazinha que faltava, não estava a perceber qual. Até que me lembrei: era a tia Marita, que me fazia sentir assim, em criança! Não que ela tivesse tido uma vida de conto de fadas, antes pelo contrário... Espanhola de nascença, presa a uma educação básica para menina casadoira, viu quase todos os seus muitos sonhos negados ao longo dos anos. Nunca casou, nem teve filhos, a Guerra Civil Espanhola (1936-1939) dispersou ainda mais a sua família. Adorava crianças, ajudou a criar irmãos e sobrinhas, do mesmo sangue ou de outro. Pertenço ao último caso. Foi um extraordinário privilégio ouvir da boca dela inúmeras histórias de encantar, às vezes baseadas em fábulas, textos bíblicos, filmes que via ou, pura e simplesmente, imaginadas no momento. Que sabia contar como ninguém, com a pronúncia espanholada que nunca perdeu.

Nem por isso correspondia à imagem de uma velhinha muito doce e resignada. Não, mesmo! A idade e uma cirurgia de “outros tempos”, tinham-lhe tornado o corpo disforme. Orgulhosa, teimosa, firme, com resposta na ponta da língua a quem a pretendesse confrontar. Aceitava trabalhos simples, mas nunca a quem se dispusesse a pisar. Levou uma vida em vão? Suponho que não! Quando o tema é sonho, magia e encantamento, ela renasce... num cantinho do meu coração!

Para quem gosta deste género fílmico, a não perder!

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Faz hoje oito anos que Amália Rodrigues morreu. Nunca fui grande apreciadora de fado, mas ela foi, sem dúvida, um símbolo nacional. Contudo, só me lembrei dela porque hoje fui passear para o jardim que lhe roubou o nome. Um local ameno, simpático, pacato e aprazível. Onde se pode ler, estudar, namorar, passear o cão, atirar umas migalhas aos patos, fotografar aquele vale entre duas colinas que desagua no Tejo. Digam-me lá, porque é que as pessoas se encafuam nos Centro Comercais aos fins-de-semana?

quinta-feira, 4 de outubro de 2007

FILHOS DE PAIS SEPARADOS

Não tive essa experiência, felizmente! Mas já não é a primeira, nem segunda, nem terceira, em que a coisa se passa mais ou menos assim:

- o casal desentende-se, as crianças ficam a cargo da mãe, com a concordância do pai (que normalmente nem pede o poder paternal sobre os filhos);
- a mãe passa o tempo a virar-se do avesso, a trabalhar no duro, a tratar do conforto dos filhotes, a educá-los;
- o pai encontra os filhos de 15 em 15 dias, compra tudo o que estiver ao seu alcance para os satisfazer, depois lá segue o seu rumo, até daí a duas semanas;
- os putos, perante as insistências maternais de escovarem os dentes todos os dias, de comerem a sopa e a fruta, de tomarem banho diariamente, de não pôr a música em altos berros e acordar a vizinhança, “quero lá saber”, que esta gaija é chata, vou é viver com o pai, que me dá tudo o que eu quero;
- nem todos os pais concordam imediatamente, mas acabam por ficar lisongeados e aceitar – “ai que bom pai que sou, até me preferem à mãe!”

Isto para já não falar das inúmeras chantagens emocionais, que os miúdos pregam aos pais desavindos, sabendo que não costumam dialogar um com o outro... Não é uma ìnclita geração, é mais uma geração inclinada para o lado onde rola mais massa e... menos chatices!

Custódia conjunta? Uma excelente ideia! Que funciona, a longo prazo...

quarta-feira, 3 de outubro de 2007

SÃO FRANCISCO DE ASSIS

Espantados, não? Raramente toco em temas religiosos – cada um tem a sua religião, prefiro até nem saber – mas o caso nem é esse. São Francisco de Assis, frade que fundou a Ordem dos Franciscanos no século XII/XIII, era tido como grande amigo dos animais. Daí o seu dia, 4 de Outubro, celebrar também o Dia do Animal.

Bem sei que não é hoje, só amanhã. E também sei que há dias a mais para comemorar tudo e mais alguma coisa. Mas o Dia do Animal, para além do dever ser todos os dias, parece-me uma data importante para todos nós que amamos os nossos bichinhos... Presentes, passados ou futuros.

Então, num determinado Inferno... pronto, no da Diabba, que está ali ao lado (não se assustem, que é mais fogo de vista!), fiquei a saber qual era a espectacular programação da RTP na dita comemoração do dia: uma tourada, nem mais!

Enfim, de touradas não vou falar agora, mas o apelo dela era que todos escrevessem ao digníssimo Paquete de Oliveira, provedor da casa www.rtp.pt, a reclamar! Já reclamei!

Tudo o resto, é convosco...

terça-feira, 2 de outubro de 2007

REVISTAS COR-DE-ROSA

Não vou dizer mal, que essas revistas têm um público próprio! Pessoas que vivem fascinadas por histórias de encantar de príncipes e princesas, artistas musicais, estrelas de cinema e afins... Leio e folheio, quando calha, normalmente no dentista, na cabeleireira ou em férias. Têm pouco sumo, é certo, activam uma vida de fantasia para alguns (muitos?) desencantados.

A vida não é cor-de-rosa para ninguém, a tempo inteiro! Muito desse jet-setzinho - português ou estrangeiro, tanto faz! - vive de expedientes, para aparecer com uma imagem deslumbrante nas fotos das revistas. Roupa e jóias emprestadas, dívidas no cabeleireiro/barbeiro, sei lá que mais. E depois aparecem uns cobardolas a desvendar parte da situação e, sem dizer nomes, “ai, ai, ai, que mais não digo, cala-te boca!” Detentores e delatores desses grandes segredos...

Por incrível que pareça, na blogosfera também aparecem uns “fenómenos” destes, senhores da verdade e de grandes segredos sobre cada um(?!), o melhor mesmo é não ligar a biltres desta espécie! Até os anónimos me merecem mais respeito, que alguns é só porque não sabem comentar de outro modo e até assinam no fim. Com um nick-name, porque não?

De cobardolas, nunca gostei! Nunca tinha revelado que também tenho o meu pedaço de mau feitio? Ficam a saber...

Tenho dito!
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Post-scriptum – Não se assustem, que não estou zangada com ninguém! Embora a maior parte de tudo o que disse acima seja verdade, funcionou essencialmente para descrever o efeito “bola de neve”, numa pirâmide invertida... Começou no suave e calmo, foi descendo de nível, acabou no agressivo. Topam???

domingo, 30 de setembro de 2007

DESAFIADOS E PREMIADOS!

Um desafio e mais um prémio?! Como é que resolvo isto?

O desafio – lançado pela Su, da Teia de Ariana - é simples:
- Pegar no livro que está mais à mão (não é escolher o melhor);
- Verificar qual é a 5ª frase completa, da página 161;
- Referir a frase, endereçando o desafio a outros 5 bloguistas.

A frase que encontrei foi a de José Eduardo Agualusa, em “As Mulheres do Meu Pai”, que por razões óbvias estava aqui à mão, e foi a seguinte:
“- Não durmo, sonho e caminho!”

A dificuldade aqui, é que não sei a quem endereçar este desafio, que já o vi em muitos dos blogs que visito mais frequentemente, não sei bem em quais. Portanto, todos os que estão nos quiproquós favoritos, que não tenham sido desafiados, aceitem o desafio, se assim vos apetecer!

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Prémio? Aiaaiaai! Atribuído por Crestfallen, do “Só me apetece cobrir”. Por ser “uma voz discordante” (no blog dele, é evidente)? Um Prémio de Amizade? Aiaaiaai! Como é que agora descalço esta... pantufa??? Pantufada nele não dá, que está longe! E, apesar de tudo, sinto-me sempre lisongeada por receber (mais) um prémio...

Nunca pedi para ser júri em concurso nenhum, nem me parece que estejam todos sintonizados na mesma onda, o que torna a “escolha” ainda mais difícil! As diversas “casinhas” são poéticas, informativas, humorísticas, culinárias, desportivas, sentimentais, literárias, musicais, cinematográficas ou politiqueiras, sendo que é raro encontrar uma que tenha só uma destas vertentes. Assim, ficam todos nomeados, na ordenação alfabética (ou quase) dos favoritos: Vanadis, Dulce, Capitão Merda, Fausto, Rita, 4ever... or never, Ahkla, Diabinha, Adrianna, Diabba, Mel, Elora, Belzebu, Pelintra (e Compª), Kátia, Pascoalita, Vício, Laura, Matchbox, Crestfallen, Su, Tons de azul, Eduardo, Nelson e, claro, como não podia deixar de ser, o Rafeiro e a sua Gata...

Ah, era só para nomear 10? Hélas... Paciência! Como nem todos aceitam prémios, fica para os que gostam de os obter, porque de uma maneira ou doutra parece-me que todos o merecem, pela predisposição em trocar e/ou partilhar pensamentos, ideias, anedotas, indignações, poemas, melodias, fotografias e tantas outras imagens... que passam a fazer parte do dia a dia de todos nós!

O logo do prémio é o ursinho Puff abraçado aos seus amigos, ih, ih, ih! Não coloco nenhum prémio na faixa lateral, pela simples razão que... não sei como!

sexta-feira, 28 de setembro de 2007

AS MULHERES DO MEU PAI

Perder o fio à meada, acontece a quase todos que leram este livro. Mas no fundo, a meada não é importante!

Agualusa confunde-nos com uma viagem real por terras africanas, com um enredo ficcional paralelo no mesmo percurso, para além de inúmeras estórias ao sabor de vários povos e referências a sons musicais, poesia e culturas diversas. Os narradores também são diferentes a cada capítulo, ou sub-capitulo.

Na viagem real, o escritor, a realizadora Karen Boswall e o fotógrafo Jordi estão presentes, na intenção de fazer um argumento para um filme naquelas paisagens.

Na ficcional, Laurentina (também ela realizadora de cinema) descobre que não é filha biológica daqueles que sempre considerou pais e parte para Luanda em busca das suas origens, na companhia de Mandume, o homem que a ama, negro de raça e português de coração. Chegam a Angola a tempo de assistir ao funeral do pai, Faustino Manso. Músico angolano, que percorreu todos aqueles territórios da África Meridional, tendo tido 7 mulheres e 18 filhos, assim lhe reza a fama.

“De quantas verdades se faz uma mentira?”- é a interrogação inicial.

A escrita é fantástica, poética, bem-humorada, com estórias inverosímeis, mas fascinante, no todo!

Surpreendente, também, nas vertentes da menina e da galinha ou da bailarina. Aliás, as últimas palavras são dela:
“- Leve os sonhos a sério – sussurrou. – Nada é tão verdadeiro que não mereça ser inventado.”

AS MULHERES DO MEU PAI
José Eduardo Agualusa
Editora: Dom Quixote (Maio de 2007)


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CITAÇÕES:

“Pensei que fosse zangar-se comigo. Receei que me expulsasse do cemitério aos gritos. Aconteceu o contrário. Abraçou-me com sincera ternura, quase alegre:
- Tu és ainda muito nova. Tens o quê, trinta anos? Só podes ser a caçula, a Laurentina. Fico feliz que tenhas vindo, filha. Bem-vinda à tua família.”

“- É tua, a galinha?
- Ya!
- Parece um cão.
- Julga que é um cão. Foi criada por uma cadela. A pobrezinha morreu, a Pintada ficou sozinha. Faz tudo o que faz um cão, só não ladra, mas quase. Queres ver o que lhe ensinei? Pintada, dá a pata!
A galinha saltou debaixo da mesa e estendeu a pata direita. A menina riu-se. Ri-me com ela.”

“Mas, enfim, se George Bush, que fala como um estivador, pode ser presidente dos Estados Unidos da América, porque é que, ao invés, um tipo que tem a eloquência de um bispo, e os mesmos gestos doces, a mesma voz de tamarindo, não há-de poder ser candongueiro em Angola?”


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O Clube de Leitura funcionou sobre rodas, não foi só puxar uma cadeira e sentar: um dos participantes, o Zé G., fez uma belíssima apresentação do livro, com pesquisa internética a envolver entrevistas ao autor, fotografias e críticas jornalísticas. Hummm... tenho de me preparar melhor para a próxima sessão! Estipulada para o dia 17 de Novembro, com o livro de Mário Vargas Llosa, “As Travessuras de Uma Menina Má”.

Obrigada, Zé!

BOM FIM-DE-SEMANA PARA TODOS!

quarta-feira, 26 de setembro de 2007

O GANG DO TUBARÃO

Estupefacta, é a palavra adequada para descrever uma notícia de Domingo passado.

Junto à costa de Sesimbra, foi detectado um tubarão-martelo, perdido numas ondas que não são as dele. E perdido quer dizer que estava desorientado, não propriamente faminto. Um “bichinho” jovem de cerca de metro e meio/dois metros, que os adultos podem atingir quase seis. Filmado por helicóptero e tudo! Os banheiros foram avisados, puseram bandeira vermelha, quando a ondulação rondava os dez centímetros, percorreram a praia a explicar a situação.

Ná, ninguém quis saber da bandeira ou do tubarão! O dia estava bom, toca de mergulhar e nadar à-vontadex. Ahn?

Na Austrália e nos EUA, assim que se sabe que um dos mais pequeninos conseguiu ultrapassar a rede/barreira, foge tudo dentro de água. Ah, pois, são todos lelés da cuca! Como nas nossas águas nem sequer abundam, também não há redes. Cambada de valentes portugueses, querem experimentar a vossa perícia de natação em frente a um tubarão? Hummm... Pensem lá bem! Improvável até pode ser, mas impossível?!

Se tivesse acontecido algum “azarito”, era mais uma notícia a atormentar-nos durante meses, primeiro na TV, rádios e jornais, depois, nos tribunais! Assim sendo, caíu no esquecimento...

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Quanto ao livro “prometido”, o problema tem sido o excesso... de informação! Ih, ih, ih!

terça-feira, 25 de setembro de 2007

O MUNDO É PEQUENO!

E composto por inúmeras coincidências...

Li, não sei onde, que um dia o Rafeiro Perfumado (o próprio) estava em converseta internética com alguém e descobriram que pairavam os dois no mesmo edifício. Combinaram e foram tomar um café. Tudo bem!

Aqui, a propósito dos carros actuais serem quase todos cinzento metalizados, variando no tom – uma moda como outra qualquer - o que constatei da janela do meu 6º andar, formou-se uma poderosa e tenebrosa “irmandade do sexto andar”. Quer dizer, não assim muito poderosa... tenebrosa... assim-assim... pouquinho... assusta uma melga, se tivermos uma lata de raid na mão, pronto!

Bom, mas fugindo ao estilo de humor dos Gatos e do referido Rafeiro (ai, que é hoje que me mordes as canelas), já vi por aí uma teoria muito bem construída, em que pessoas que moram na mesma rua podem nunca se cruzar, e depois encontrarem-se num outro recanto do planeta ou, quiçá numa viagem espacial tão em voga... Não duvido, também já me aconteceu, mas em Londres... pois, os tugas dão sempre as mesmas voltecas!

Vai daí, os raios e coriscos atrairam vários comentários (ainda estou à espera do teu raio, Vanadis!) tipo pára-raios e a Benjamim Franklyn aqui, que adora comentários, a visitar todas as casinhas e a pôr o seu TPCB em dia. Pena não ser mais experiente em termos informáticos, que tudo o que não sejam casas semelhantes às por onde tem passado, não consegue comentar...

Um dia destes, surgiu um novo temporal em Lisboa, com mais raios e coriscos, um outro bloguista fez umas fotografias da janela. Bora lá mostra lá, vi os raios, nem liguei muito à rua em si, iluminada como se fosse de dia, já era noite cerrada. Ontem ele sai-se com uma nova, descobri que somos "vizinhos"! Ainda por cima, até me parece que ele também pertence à irmandade...

Vê lá faxavor, se um dia destes não te toco à porta para beber a tal cervejinha! Se quiseres, até levo uns figuinhos, que sei onde páram as tais figueiras...

Acabando com o estilo Carpenter, não resisto a mais uma demonstração de como o mundo é pequeno: ontem, recebi um novo comentário no “episódio” Borboletas, lá para trás do sol posto. Cheio de Ehhhehhes de um anónimo que se assina cauda-de-andorinha, dizendo que presenciou a cena. Duvido, mas pronto, para além de um turco predilecto agora tenho mais esta borboleta, passarinho (ou parte dele)...

domingo, 23 de setembro de 2007

ORELHAS DE BURRO

No tempo dos meus avós, criança que não soubesse a lição, era sentada num banco bem em exposição, com uma bela “coroa” de orelhas de burro.

Quando comecei a estudar, esse método já era considerado “arcaico”, a professora (e como ela muitos outros) resolvia tudo ao estalo, reguada e ponteirada.

Nos dias que correm, já se reconhece que existem vários factores que contribuem significativamente para que algumas crianças tenham mais dificuldades de aprendizagem que outras. Dislexia, hiperactividade, incapacidades auditivas (parciais ou totais), distúrbios de fala, entre outros, exigem que essas crianças sejam acompanhadas de um modo mais atento, para corrigir e ultrapassar esses problemas. Até aqui, suponho que todos concordam.

Na prática, ainda está longe de se ver luz ao fundo do túnel! Isto porque a grande maioria dos professores denota um grande desconhecimento, ou até ignorância, decidindo à partida que o aluno é preguiçoso, mal comportado, pouco participativo, isto quando não aludem mesmo à sua pouca inteligência...

Auxílios eficazes, exigem disponibilidade de tempo e dinheiro, em centros especializados!

Algumas escolas públicas têm aulas especiais para estes alunos. Uma das minhas sobrinhas é disléxica e assistiu a todas, sem problemas, no 5º ano. No ano passado, desistiu de ir a meio do ano (não são obrigatórias). Segundo ela, o professor passava o tempo a berrar que eram todos um bando de burros e estúpidos. Numa conversa com a directora de turma, esta acabou por concordar que aquele professor não “tinha o perfil mais indicado para aquele tipo de ensino”. Ah, entendi, fazem aulas especiais (45 minutos não é muito, mas pelo menos parece revelar alguma boa intenção) e depois colocam lá um idiota – a palavra até é um pouco branda, para aquilo que penso sobre um professor desta laia – a leccionar? Adeus intenções, bem-vinda hipocrisia!

Não sei quem é que premiava com as ditas orelhas de burro, mas de certeza que não eram os miúdos...